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PF indicia 42 no caso do banco Opportunity

Grupo mantinha cotas não declaradas à Receita e ao BC; um administrador do fundo no País também foi indiciado

Por Julia Baptista
Atualização:

A Polícia Federal informou que foram indiciadas quarenta e duas pessoas residentes no Brasil que teriam mantido depósitos no Opportunity Fund, nas Ilhas Cayman, com pena de 2 a 6 anos de reclusão pelo crime de evasão de divisas, sendo duas delas também indiciadas pela prática do crime de "lavagem de dinheiro", com pena de 3 a 10 anos de reclusão. Além dos cotistas, também foi indiciado um administrador do fundo no Brasil, pela prática dos crimes de gestão fraudulenta (pena: 3 a 12 anos de reclusão), evasão de divisas (pena: 2 a 6 anos de reclusão) e quadrilha (pena: 1 a 3 anos de reclusão).

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O inquérito policial, concluído ontem, foi instaurado com a finalidade de identificar os brasileiros que mantiveram cotas no Opportunity Fund, nas Ilhas Cayman, não declaradas à Receita Federal e ao Banco Central. Segundo a PF, o inquérito havia sido paralisado em 23 de dezembro de 2009, por ordem do Ministro Arnaldo Esteves Lima, do STJ. A PF retomou as investigações em 30 de abril.

Na instrução do feito foram ouvidas aproximadamente 80 pessoas, dentre ex-funcionários do Banco Opportunity S.A., "doleiros" que comprovadamente remeteram valores para o Opportunity Fund e supostos cotistas do fundo.

Foram produzidas as seguintes provas: a) confissão de parcela significativa dos cotistas Opportunity Fund; b) novos esclarecimentos periciais; c) cruzamento das informações do "Caso Banestado" com as da Operação Satiagraha; c) testemunhos de "doleiros" envolvidos no "Caso Banestado"; e d) testemunhos de ex-funcionários do Banco Opportunity S.A.

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