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Procon: crescem reclamações contra a Vésper

Operadora não consegue atender às solicitações dos consumidores que reclamam ao órgão de defesa do consumidor. Números refletem fase difícil na empresa.

Por Agencia Estado
Atualização:

O número de reclamações contra a empresa de telefonia Vésper no Procon - órgão de defesa do consumidor ligado ao governo estadual - aumentou consideravelmente nos últimos meses. De abril a agosto do ano passado, o Procon recebeu apenas oito reclamações contra a empresa e todas foram atendidas. De setembro de 2000 a janeiro deste ano, no mesmo intervalo de cinco meses, o número de queixas saltou para 48, das quais 27 ainda estão em andamento. Desde o início do ano vários fatos preocupam os usuários da Vésper: a troca na presidência da empresa; a especulação sobre a venda de 34% das ações da operadora - referentes à cota da empresa canadense BCI -; e o fato de que a meta de 850 mil linhas instaladas até o final de 2000 não foi atingida, ficando em 550 mil. Na recente reestruturação da Vésper, estima-se a demissão de cerca de mil funcionários, número não confirmado pela empresa. Segundo a Assessoria de Imprensa da companhia a reestruturação foi necessária devido a mudanças na conjuntura econômica, o que não significa que a empresa esteja com problemas. Sobre as reclamações no Procon, a Assessoria diz que a Vésper está se empenhando para resolver todos os problemas o mais rapidamente possível. No final de janeiro, a Agência Estado apurou que não havia linhas da Vésper à disposição dos consumidores de São Paulo e Rio de Janeiro. Foram feitas mais de 30 consultas ao site da empresa na Internet, para diversos bairros das duas capitais. As respostas se alternavam entre capacidade esgotada e não disponibilidade do serviço. A operadora negou que tivesse suspendido a instalação de novas linhas. Segundo a Assessoria de Imprensa da Vésper, algumas regiões estão com capacidade de atendimento esgotada. Quando a Vésper decidiu entrar no sistema de telefonia no Brasil, pôde optar por determinadas regiões onde colocaria linhas à disposição dos consumidores. Fora as capitais, a operadora só entra em cidades cuja população varia entre 50 e 200 mil habitantes.

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