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Projeção de expansão de 2010 pode ser revista para 5%

Por AE
Atualização:

O governo deve rever ainda este mês a projeção oficial de crescimento para o próximo ano dos atuais 4,5% para 5%, segundo informou uma fonte do governo à Agência Estado. A nova projeção deverá servir de referência para as discussões do projeto de lei orçamentária para 2010, que está em tramitação no Congresso. Uma previsão de crescimento mais elevado tende a aumentar também a estimativa de receitas considerada para a distribuição de despesas na peça orçamentária do ano que vem. De acordo com a fonte, a previsão de 5% também pode ser considerada "conservadora", uma vez que há possibilidades reais de o crescimento do País no ano que vem ser maior do que isso, como alguns analistas do mercado financeiro já comentam. Governo e analistas esperam que 2010 comece com um carregamento estatístico positivo - o impulso que a atividade econômica deixa de um ano para outro -, ao contrário do que aconteceu este ano, quando a economia já começou o jogo tendo de se recuperar dos prejuízos do ano passado, legado pelo tombo do quarto trimestre. O tamanho do carregamento positivo para o ano que vem dependerá do ritmo de crescimento do último trimestre. Um dos fatores que leva à opção do governo por uma projeção conservadora de crescimento para o ano que vem é a incerteza em torno de qual será o tamanho da contribuição negativa do setor externo para o Produto Interno Bruto (PIB). Quando as importações crescem mais rápido que as exportações, que é o cenário do governo para o ano que vem, há uma redução no resultado do PIB. O governo também tem buscado evitar o excesso de otimismo do mercado com a demanda no ano que vem, que pode provocar um temor de alta da inflação e uma posição mais defensiva do Banco Central na condução da política monetária. Por isso, apesar de nos bastidores, e até em declarações públicas de autoridades, já ser mencionada a projeção de crescimento de 5% para 2010, até agora o governo ainda não revisou formalmente a estimativa de 4,5%, retardando ao máximo esse movimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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