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Projeção do mercado para PIB em 2005 é pessimista, diz Appy

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, considera pessimista a projeção do mercado para o crescimento da economia em 2005. O último boletim Focus apontou expectativa de crescimento de 3,5%. Segundo Appy, o número oficial do governo é 4% e a proposta de Orçamento enviada ao Congresso prevê 4,3%. Ao rejeitar a projeção do mercado, o secretário disse que as projeções do governo precisam ser conservadoras. Mas a meta é ter um máximo de crescimento com estabilidade. No início deste ano, ele lembrou que a projeção do governo para o crescimento da economia era de 3,5%, e que ultrapassará 4%. O secretário admitiu que se o Congresso Nacional aprovar as reformas constitucionais, o ritmo de crescimento poderá ser maior. "Se for mais rápido, favorece o aumento de confiança do País", afirmou. Ele, no entanto, ponderou que embora as reformas sejam "extremamente importantes", se o Congresso não aprová-las, não será o "fim do mundo". Sua expectativa é que o investimento será feito de qualquer forma, desde que o crescimento com estabilidade se mantenha por um período de 2 a 3 anos. A Fazenda, de acordo com Appy, trabalha com expectativa de que a lei de falências seja votada ainda em 2004. "É muito provável", afirmou. Turbulências Appy trabalha com expectativa da ocorrência de turbulências externas no futuro imediato, embora seja difícil afirmar quando elas ocorrerão. "As turbulências não são prováveis, são certas. Agora, quando elas virão, não se sabe", afirmou. Ele esclareceu que o cenário básico do Ministério da Fazenda prevê relativa facilidade em 2005 com turbulências moderadas. Ele não quis detalhar de onde viriam essas turbulências, embora tenha citado anteriormente o ajuste nos EUA, a desaceleração na China e uma redução do crescimento da União Européia e do Japão. O secretário disse que no caso de um cenário de desastre absoluto, com a confluência de todos os fatores externos, todos os países sofrerão turbulências. Ele lembrou, ainda, que neste ano o País foi afetado por alguma turbulência internacional, que não produziu impacto no crescimento. "Essa confluência de fatores faz com que o Brasil seja menos vulnerável do que no passado", completou.

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