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Servidores do Banco Central voltam a realizar protestos

Segundo Fábio Faiad, presidente do Sindicato Nacional de Funcionários do BC (Sinal), a expectativa é de adesão majoritária ao protesto, que também ocorre nesta quarta-feria

Foto do author Thaís Barcellos
Por Thaís Barcellos (Broadcast)
Atualização:

BRASÍLIA - Os servidores do Banco Central realizaram nesta terça-feira, 13, e vão fazer na quarta-feira, 14, dois atos virtuais contra a demora do governo federal em enviar a proposta de reestruturação de carreira da categoria ao Congresso Nacional, afirma o presidente do Sindicato Nacional de Funcionários do BC (Sinal), Fábio Faiad.

Segundo Faiad, a expectativa é de adesão majoritária ao protesto, que irá ocorrer entre 14h e 16h, sem nenhuma paralisação de serviços do órgão. Mas, caso não haja avanços, a categoria ameaça entrar em “operação diferenciada” a partir de 27 de setembro, o que poderia dificultar algumas atividades do BC, diz Faiad.

O Brasil tem um mercado de derivativos mais desenvolvido que outros emergentes e usa contratos de swap cambial para tentar conter a valorização do dólar Foto: André Dusek/Estadão

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“Mas foi o último alerta! Os servidores do Banco Central do Brasil estão cobrando uma reunião urgente com o Ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, a fim de resolver o pleito da Reestruturação de Carreira de uma vez por todas. Se a enrolação do Governo Federal continuar, os servidores do BC poderão entrar a partir de 27/9/2022 em operação diferenciada, dificultando alguns processos de trabalho do BC”, afirmou o presidente do Sinal, em nota.

Após o fim da greve no BC, que durou cerca de três meses, um ato nos mesmos moldes já foi realizado no dia 23 de agosto, após o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovar uma proposta de reajuste de 18% para o Judiciário em 2023.

Na ocasião, foram discutidos os problemas enfrentados pelo corpo técnico do órgão e o futuro da mobilização. Além disso, a categoria marcou os dois novos protestos previstos para esta terça e quarta. Na segunda-feira, 12, houve reunião com a diretora de Administração do BC, Carolina Barros, mas sem avanços, segundo Faiad.

O movimento dos servidores do BC por recomposição salarial e reestruturação de carreira começou na virada do ano, após o presidente Jair Bolsonaro indicar que iria privilegiar categorias policiais com ganhos salariais este ano. Mas os funcionários cruzaram os braços de vez no início de abril.

Depois, com o veto do Planalto a qualquer aumento no contracheque do funcionalismo federal em 2022, a greve foi encerrada e a única vitória da categoria foi o envio de uma proposta de Medida Provisória ao Ministério da Economia com a pauta não salarial.

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Dentre os pontos pedidos, há a exigência de ensino superior em concursos para o órgão, a mudança do nome do cargo de analista para auditor, a criação de uma taxa de atividade e de um bônus de produtividade. A proposta, contudo, “empacou” na Economia e os servidores agora cobram o envio imediato ao Congresso.

Nos corredores do BC, há insatisfação com a maneira que o movimento dos servidores foi conduzido pela diretoria do órgão, com queixas sobre a articulação política. A greve este ano prejudicou uma série de serviços e publicações importantes do BC, algumas delas ainda não estão em dia.

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