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Geração Z e escolha da profissão: teste vocacional e estágios podem ajudar os jovens angustiados?

Pressão das redes sociais aumenta ansiedade no momento de definir carreira; veja os passos para ajudar nesse processo

Foto do author Amanda Fuzita
Por Amanda Fuzita

Decidir qual carreira escolher é uma dos momentos mais importantes que os jovens enfrentam durante o final do ensino médio, geralmente aos 17 ou 18 anos. Para a geração Z, não é diferente, que está nesse momento, não é diferente.

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Nesse período, eles enfrentam a pressão de escolher uma profissão e definir seu futuro.

Igor Chohfi, especialista em geração Z e em recrutamento e seleção, afirma que esse processo tem causado ansiedade nos jovens. ”90% deles se sentem inquietos e ansiosos em relação ao futuro profissional”, afirma.

Chohfi acredita que esse cenário de ansiedade seja causado principalmente pela comparação que as redes sociais trazem a esses jovens, fazendo com que eles se sintam atrasados e diminuídos.

“Eles veem pessoas postando que ficaram milionárias antes dos 17 anos. Eles se comparam e pensam que estão atrasados na vida e na carreira, ficando cada vez mais ansiosos”, explica.

É possível reduzir essa tensão. Ao oferecer um suporte adequado, dá para preparar os jovens para se sentirem mais seguros no processo de decisão de suas carreiras.

Começou orientar jovens da geração Z sobre carreira? Foto: ImageFlow - stock.adobe.com

Aqui estão algumas dicas de como orientá-los na escolha da profissão:

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Entenda o propósito que eles buscam

A geração Z tende a valorizar mais o propósito de seu trabalho. Eles procuram profissões que estejam alinhadas com seus valores pessoais, buscando contribuir para causas que consideram importantes.

Para eles, o propósito pode superar o salário ou a posição hierárquica; trata-se de sentir que estão fazendo a diferença no mundo e que seu trabalho tem um significado maior.

“Esses jovens querem trabalhar com algo que faça sentido para eles, querem entender por que estão trabalhando. Só o dinheiro já não é mais significativo”, diz Chohfi.

Estimule o autoconhecimento

“A melhor maneira de orientá-los é com certeza incentivando o autoconhecimento para se entenderem como pessoa e como profissional”, enfatiza Chohfi.

O autoconhecimento é essencial para facilitar as escolhas profissionais. É fundamental que os jovens saibam quais são as suas principais habilidades, até onde desejam ir, o que gostariam de desenvolver, com que gostariam de atuar. Ajude-os a compreender suas características.

Renata Tavares, orientadora educacional no sistema de educação Adventista, destaca que autoconhecimento é o primeiro passo para encontrar um trabalho gratificante e alinhado com o que acredita.

Incentive testes vocacionais

Incentive-os a explorarem seus interesses, hobbies e habilidades. Ferramentas de autoavaliação de carreira, como testes vocacionais, também podem ser úteis nesse processo.

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A orientadora aponta que o teste vocacional é uma boa opção para encontrar direcionamento.

“Não significa que ele tem que seguir isso, mas vai direcionar, é um bom guia para que possa tomar uma decisão”, afirma Tavares.

Esclareça tendências do mercado

Orientar os jovens sobre as tendências atuais e futuras do mercado de trabalho é crucial.

Explorar setores em crescimento, demanda por habilidades específicas e oportunidades de carreira emergentes pode ajudar na tomada de decisão.

É importante informar sobre a importância da atualização constante de habilidades e sobre a disponibilidade de cursos online, workshops e programas de educação.

Encoraje-os à experimentação e ao networking

Incentive os jovens a buscarem experiências práticas por meio de estágios e cursos.

O networking também é uma ferramenta poderosa para eles, pois permite conhecer diferentes áreas profissionais e obter insights práticos de profissionais experientes.

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Segundo Chohfi, experimentar é o único jeito de saber qual caminho seguir e em que área atuar.

“É experimentando e participando de experiências que vão ajudar a entender se gostam ou não daquela área. É interessante estar disposto a experimentar e aprender coisas novas para ir se desenvolvendo e sabendo de fato com o que quer trabalhar”, completa.

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