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Networking de líder: não adianta criar personagem falso no LinkedIn; 4 dicas matadoras para sua rede

Especialistas ouvidos pelo Estadão dão dicas para líderes terem uma rede efetiva de contatos que ajude na carreira e alertam contra erros comuns

Por Daniel Brito
Atualização:

Manter uma rede de relacionamentos é uma recomendação básica para todos os profissionais. No caso de quem ocupa altos cargos executivos, as exigências são ainda maiores. O networking é fundamental não apenas para eventualmente se recolocar no mercado de trabalho: mais do que isso, é uma ferramenta essencial para quem busca crescimento.

Ouvidos pelo Estadão, especialistas em recursos humanos reforçam a necessidade de as lideranças cultivarem uma rede de relacionamentos de maneira eficaz. Não adianta ficar escrevendo no LinkedIn e criar um personagem fictício, que não mostra o mundo real do lider. Isso não é sustentável no longo prazo e pode prejudicar a carreira.

Ter uma participação ativa em redes sociais profissionais é uma forma efetiva de fazer networking, mas é preciso saber usar bem Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

Confira as dicas:

1. Reserve um tempo e vá a eventos relevantes

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Patrícia Suzuki, diretora de recursos humanos da Catho, afirma que estabelecer relações de longo prazo requer disciplina e, ao mesmo tempo, dedicação. Para isso, ela cita algumas iniciativas que os profissionais devem ter, como reservar um tempo intencional em suas agendas para participar de eventos, como seminários e workshops temáticos, onde possam ser notados pelos colegas de profissão.

“Com isso, os profissionais se mantêm atualizados em relação a temas técnicos, abordagens de outros temas e também podem conhecer outras pessoas, ampliando essa rede”, afirma.

2. Atualize sempre seu perfil, não só quando perder o emprego

A especialista também ressalta uma dica válida não apenas para líderes: manter constantemente atualizado o perfil hospedado nas mais variadas plataformas de vagas de emprego, e não apenas quando se está em busca de uma nova oportunidade após uma eventual demissão.

“Pode haver naquele currículo um conhecimento que seja de interesse de outros colegas. O profissional pode ser chamado para falar em um workshop sobre um tema que é dominado por ele, para contribuir com algum colega em algum projeto ou mesmo ser convidado para uma oportunidade de trabalho.”

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3. Relação tem de ser autêntica e pessoal

As relações não podem ser artificiais, diz Maria José Tonelli, professora titular do Departamento de Administração Geral e Recursos Humanos da FGV/Eaesp (Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas). Essas relações devem envolver não só interesses comuns em temas corporativos, mas também admiração mútua no aspecto pessoal.

“Não é em um café que se estabelece uma relação de confiança. Essas relações mais duradouras precisam ser construídas e, para isso, demanda-se um tempo. Não são apenas instrumentais, que se mostram úteis somente no caso de, um dia, alguém ter um problema e precisar delas. As redes que funcionam possuem pessoas que de fato têm admiração e respeito pelo trabalho do outro, onde as competências tornam-se mais visíveis e dentro delas podem ser feitas articulações”, declara.

A professora menciona a participação em cursos de aprimoramento como um caminho para ampliar a rede de relacionamentos. “Neles é possível encontrar pessoas que estão em patamares semelhantes”.

4. Tem de se engajar e ser autêntico no LinkedIn

O LinkedIn tem cada vez mais ocupantes de cargos C-Level (diretores), diz o diretor-geral do LinkedIn para a América Latina, Milton Beck. Mas ele diz que não basta criar o perfil. É necessário que seja completo.

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  • Precisa ter foto (um perfil com imagem é 21 vezes mais visto do que um sem, e recebe nove vezes mais solicitações para novas conexões, diz o diretor).
  • Deve ter um título que ajude a entender quem é esse executivo e alguns parágrafos explicando a trajetória e qual o objetivo profissional.
  • O engajamento é importante, em especial para quem ocupa cargos executivos. É necessário atualizar o perfil e fazer publicações frequentes. Não pode ter um intervalo de meses entre elas.
  • Tem de ser autêntico no que escreve. “Não adianta criar um personagem. Ele pode permanecer por algum tempo, mas não irá se sustentar. Os usuários esperam engajar-se com pessoas de carne e osso, que representam suas empresas, mas que possam compartilhar sobre como é trabalhar naquela empresa, quais são as chances de crescimento, o que ela faz, como ela atua na sociedade, que benefícios traz”, afirma Beck.
  • Varie os formatos de suas contribuições no LinkedIn: texto, vídeo, enquete, entre outros, para se conectar aos mais diversos tipos de audiência.

“O Linkedin não é um repositório de dados. Ele é uma uma rede social ativa, então é importante criar o perfil, fazer o networking inicial e aumentá-lo, seguir mais empresas, newsletters, outros profissionais e interagir com a rede”, declara Beck.

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