Na Portaria Central foi possível apreciar os meninos do 6º ano com instalações para estimular os sentidos, mostrando as diferentes maneiras de as pessoas reagirem a estímulos. Na exposição "É extraordinário ser diferente", da disciplina Língua Portuguesa, as vendas eram customizadas e alimentos para degustação muito sortidos. "Os alunos leram o livro Extraordinário, cuja tônica é trabalhar a ideia da diferença, respeitando o outro. A obra tratou da questão do bullying, por exemplo", afirmou a professora Claudia Matheus. "Todo esse trabalho começou em maio e os pais estão participando bastante das instalações, resultado desse trabalho", acrescentou a professora Vanda Lucia Prado Mattos.
Ainda tratando dos estudantes do 6° ano, eles protagonizaram um dos momentos mais emocionantes da Mostra: um coral que ocupou as escadarias do Pátio Central. Flashes e mais flashes e um sem-número de aplausos depois das apresentações das canções Blowin' in the Wind (Bob Dylan), What a Wonderful World (Louis Armstrong) e Heal the World (Michael Jackson). "A performance foi fruto de leituras variadas e de muita produção textual", explicou a professora Rosana Araujo de Paula Ramos.
O pessoal do 7º ano mostrou conhecimentos acerca de estatística, história e língua portuguesa com obras sobre o holocausto (a partir da obra "A Mala de Hana"), com literatura de cordel e com um varal de ideias, expondo experiências pessoais. O professor Rodrigo Simões Singh, de Matemática, falou um pouco sobre o projeto de Estatística: "Os alunos fizeram um levantamento sobre o perfil da turma para saber sobre como utilizavam o tempo, prevendo tempo de descanso, de estudo, de uso de redes sociais. Fizeram a comparação de dados e chegaram à conclusão de que passam muito tempo nas atividades extracurriculares, principalmente nas redes sociais, e menos tempo descansando ou estudando". Um estudo bem interessante para redefinir hábitos.
Na área de inglês e espanhol dos 7ºs anos, foram exibidos trabalhos com inspiração no Saber Cuidar. Ideias sobre reciclagem e sustentabilidade foram impressas nas HQs, nos cartazes e em envelopes. Shakespeare (biografia) foi pauta também, afinal, clássicos são clássicos.
Um projeto que chamou a atenção dos passantes foi o "Paraty" dos 8°s anos. Logo na entrada da sala foi possível mergulhar na cidade escolhida para o Estudo de Meio a partir do totem com imagens da cidade e do making of da viagem. O cenário se compôs por cartazes com a reprodução dos elementos de Paraty: casas do centro histórico, igrejas que visitaram, colunas que representam os elementos da maçonaria, desenhos de observação da cidade e azulejos portugueses.
Ainda tratando dos meninos dos 8°s anos, foram expostos os "cotidianos" das salas de aula com produções sobre o Interdietas, o estudo da umbanda e do candomblé em Ensino Religioso, a produção de mosaicos e oratórios em Artes e trabalhos sobre a Revolução Industrial.
O mundo em transformação foi pauta dos estudantes do 9º ano. O projeto envolveu as disciplinas de Educação Física, Arte, Ciências, Ensino Religioso, História, Geografia e Língua Portuguesa. As telas e maquetes reproduziram a cidade como ela é hoje, sem planejamento, ilustrando a problemática do mundo contemporâneo. Os alunos também apontaram situações para contornar os problemas, estudando as cidades de Brasília e Dubai - planejadas - para desenvolver produtos e serviços baseados em políticas públicas, tais como tratamento de água e coleta de lixo. Noções de inovação e administração (custo/retorno) foram usadas para tal.
O projeto de escuderia de F1 do Colégio Marista Arquidiocesano esteve em evidência, representando parte das 1ªs e 2ªs séries do Ensino Médio. A equipe do Team Falko - com camisetas com o logo da equipe, sinal de profissionalismo - desenvolveu para a Mostra um projeto de realidade aumentada com carro de Fórmula 1, utilizando, inclusive, o capacete do Ayrton Senna. Para tal, foi utilizado um programa de QR Code que escaneia e traz a realidade aumentada.
Sob o espectro do Ensino Médio, a Comunidade Escolar pôde ter acesso ao compilado da produção do Arquicultura: Orbitando pela Avenida Paulista (Projeto Órbitas), Cine debate ("A Boa Mentira", "O nome da rosa", "Quem quer ser um milionário", "Eu, Daniel Blake", "O menino e o mundo"), exposições na Biblioteca Central, visita ao jornal Folha de S. Paulo, concurso de fotografia, palco aberto, entre outras atividades.
O Urbenautas e Órbitas Urbanas, projetos de cidadania desenvolvidos no Ensino Médio, também chamaram a atenção dos passantes.
O projeto "Eu, Cidadão em construção" da 3ª série do Ensino Médio, conduzido pela professora Heloisa Iaconis, mostrou uma educação transformadora e arejada. Unindo as disciplinas de Ensino Religioso e Orientação Profissional, o projeto contempla princípios de organização de vida, sentido existencial a partir de alguns princípios filosóficos (livre arbítrio, determinismo, liberdade situada e predestinação) e filosofia de algumas culturas religiosas, levando o aluno a relacionar seus objetivos para o futuro e o sentido que ele vai dar para sua existência. "Tudo se inicia com um resgate da formação do aluno e da sua personalidade a partir das suas influências e das suas comunidades, para que ele consiga reconhecer habilidades e competências e estabelecer prioridades, objetivos e sonhos", afirmou a professora Heloisa.
A produção é feita em duas partes: a primeira levanta a questão "Quem sou eu?", e a segunda "Quais são os meus sonhos?". "Um aspecto muito importante que trabalhamos é mostrar aos estudantes a profissão enquanto função social. Incluímos o conceito de religiosidade dentro da função, entre outros aspectos importantes como a necessidade de se olhar, se ver, se reconhecer e não prestar atenção apenas nas habilidades e nas competências na hora da escolha profissional, mas também no que eu valorizo e no que me faz feliz", finaliza a professora.
Muitos outros projetos enriqueceram a memorável manhã.
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