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Ex-aluno de Vélez assume secretaria da Educação Básica

Alexandro Ferreira de Souza é secretário de Educação Profissional e Tecnológica e irá acumular nova função

Foto do author Renata Cafardo
Por Isabela Palhares e Renata Cafardo
Atualização:

SÃO PAULO - Ex-aluno do ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez, Alexandro Ferreira de Souza assumiu nesta terça-feira, 26, a Secretaria de Educação Básica. Secretário de Educação Profissional e Tecnológica na pasta, ele vai acumular as duas funções. 

Vélez durante solenidade de transmissão de cargo do Ministério da Educação Foto: Ernesto Rodrigues/ ESTADÃO

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Tânia Almeida, que ocupava o posto, deixou o ministério após a publicação de uma portaria que decidia não avaliar as crianças em fase de avaliação. Ela não tinha sido informada sobre a mudança na prova e afirmou que a "interrupção intempestiva de uma série histórica poderia vir a ter consequências indesejáveis". Na manhã desta terça, o Ministério da Educação (MEC) voltou atrás e decidiu manter a avaliação.

Souza possui formação em Filosofia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e, já na graduação, teve a orientação de Vélez para o trabalho "A Tragédia Ática: Entre o Mito e a Filosofia". Ele tem mestrado e doutorado em Ciência da Religião pela mesma instituição. 

Antes de ir para o MEC, Souza atuava como professor da Secretaria de Educação do Espírito Santo. 

Baixas

Há duas semanas, o MEC vem sofrendo uma série de demissões por conta de disputas internas dentro da pasta. Há dificuldade em encontrar novos nomes para assumir os cargos vagos. 

Tania foi diretora em uma Faculdade de Tecnologia (Fatec) do Centro Paula Souza, autarquia do governo paulista. Ela fazia parte do grupo técnico do MEC, que já teve outras baixas. A principal delas foi a demissão do ex-dirigente do centro, Luiz Antonio Tozi, do cargo de secretário executivo. 

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Tozi foi demitido a pedido do presidente Jair Bolsonaro. O grupo técnico ao qual pertencia tem rivalizado internamente com os simpatizantes de Olavo de Carvalho, considerado o guru dos bolsonaristas. Foram eles que defenderam a mudança na avaliação da alfabetização nacional.

Na semana passada, Iolene Lima, que era diretora de formação e muito próxima de Tânia, foi demitida. Ela tinha sido anunciada pelo ministro Vélez como substituta para o cargo de secretário executivo, que permanece vago há 15 dias.

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