"Como de costume, as questões apresentadas estão fora de contexto do ensino médio, o que eleva bastante o grau de dificuldade da avaliação", diz Sérgio Teixeira Bignardi, do Objetivo. Apesar disso, o professor reconhece que a prova não foi muito trabalhosa, uma vez que não se exigiu tantos cálculos para a resolução das questões. "Por outro lado, foi preciso um sólido conhecimento teórico", afirma.
Na opinião de Bignardi, mesmo alunos já adaptados às questões do vestibular do ITA devem ter tido dificuldade na resolução. "Na maior parte da prova, foi preciso que o aluno raciocinasse bastante para resolvê-la.
Outro ponto que se manteve nesta edição do exame resume-se à complexidade dos enunciados. Para Édison de Barros Camargo, coordenador de química do Etapa, essa característica possibilita, em alguns casos, mais de uma interpretação e, isto posto, mais de uma resposta. "Normalmente, ao divulgar o gabarito, o ITA opta por uma das alternativas, sob a justificativa de que uma é melhor do que a outra", diz.
O fornecimento mínimo de informações contextuais pode também ter elevado o nível de dificuldade do exame. "Ao contrário dos outros vestibulares, que oferecem gráficos e textos complementares, a prova do ITA possui enunciados árduos e diretos, que exigem conhecimentos enciclopédicos", afirma Camargo.
Os gabaritos das provas objetivas serão divulgados na próxima terça-feira, 18, no endereço eletrônico www.ita.br. A divulgação da relação dos candidatos habilitados no exame de escolaridade e classificados segundo o número de vagas disponibilizadas estará disponível a partir das 10 horas do dia 28, no site www.ita.br/vestibular.