Em todas as escolas a equipe é composta por muitos educadores, que, assim como as crianças, são todos muito diferentes:
Uns falam alto e alegram o ambiente, outros são quietinhos e observam cada detalhe.
Uns são criativos e outros são da rotina. Uns são mais teóricos, outros tem muita agilidade prática.
Uns são bem organizados, outros se encontram na própria bagunça.
Uns são mais sensíveis, outros têm um ombro amigo.
Uns estão sempre prontos para ajudar, outros não querem incomodar...
Uns são bem clarinhos, outros altos, e tem os baixinhos.
Alguns batucam o tempo todo, outros desenham, outros ainda criam qualquer coisa em jornal ou papelão.
Alguns são mestres cucas, outros excelentes leitores.
Uns contam histórias, outros fazem a história acontecer.
Uns adoram dar beijos e abraços, outros preferem olhares e sorrisos.
Há aqueles que reclamam, outros que vêem o lado lindo da vida.
Há os que observam as flores e os que amam os animais.
Na minha opinião, as crianças aprendem com as diferenças, e isso ajuda na habilidade de se relacionar, afinal as pessoas não agem e nem respondem da mesma maneira.
Cada professor traz um repertório só seu e aciona no aluno novas paixões. Sabemos que a aprendizagem se dá conforme o interesse dos alunos, e posso dizer que a paixão do professor pode sim despertar esse interesse. Lembro-me de um professor no ensino médio que lia poemas de Fernando Pessoa com tanta energia e alegria que me despertou a vontade de conhecer mais sobre o poeta e sua obra, alem de ler mais poesia.
Não há um tipo perfeito, desde que todos estejam bem atentos aos sentimentos, tempos, formas de se relacionar, processos de aprendizagem e paixões de cada criança.