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Leo Lins tem redes sociais e R$ 300 mil bloqueados após se tornar réu por conteúdo discriminatório

Decisão da Justiça acatou um pedido do Ministério Público de São Paulo; se condenado, humorista pode enfrentar pena que varia de 4 a 10 anos de reclusão

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Por Sabrina Legramandi
Atualização:

A Justiça acatou um pedido do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e o humorista Leo Lins se tornou réu por promover e publicar conteúdo discriminatório. Após a decisão, o comediante teve o perfil no TikTok e seu canal no YouTube suspensos por 90 dias, além de R$ 300 mil bloqueados em suas contas bancárias.

Segundo o MPSP, o bloqueio foi emitido depois de Leo resistir a pagar multas impostas anteriormente. O humorista passou a ser investigado por uma força tarefa do Ministério Público com o auxílio do CyberGaeco e da Promotoria de Direitos Humanos.

Leo Lins vira réu por promover e publicar conteúdo discriminatório. Foto: Reprodução de vídeo/Instagram/@leolins

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O órgão alegou que as investigações concluíram que Leo Lins “desafia autoridades de vários Estados em seus shows e nas redes sociais”, além de divulgar “conteúdos capazes de humilhar, constranger e injuriar minorias”. Ele é acusado de promover discursos de ódio contra negros, pessoas com deficiência e nordestinos.

Se condenado, o humorista pode enfrentar uma pena que varia de 4 a 10 anos de reclusão. Ainda conforme o MPSP, Leo chegou a recorrer das primeiras medidas cautelares, mas a Justiça negou os pedidos da defesa.

O Estadão entrou em contato com o comediante para comentar o caso, mas não obteve retorno até o momento da publicação. O espaço segue aberto.

Não é a primeira vez que Leo Lins enfrenta determinações do Tribunal de Justiça. Em maio, um especial de comédia do humorista, Perturbador, teve de ser retirado do ar por piadas com pessoas idosas e com deficiências, de cunho religioso, escravidão e minorias.

Em agosto de 2022, a Justiça de São Paulo também condenou o comediante a pagar uma indenização de R$ 44 mil por danos morais à mãe de um jovem autista.

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*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais

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