Melim investe em projeto visual e parcerias em novo disco ‘Quintal’; ouça

Gabriela, Diogo e Rodrigo comentam processo de criação do álbum, nova fase da carreira e revelam que tentaram colaboração até com Shawn Mendes

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Por Julia Queiroz

“Nostalgia, leveza e alegria”. É assim que os irmãos Gabriela, Diogo e Rodrigo, que compõem a banda Melim, descrevem o álbum Quintal, novo lançamento do grupo.

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O disco chegou às plataformas digitais nesta quarta-feira, 16, com 17 faixas inéditas e colaborações com grandes nomes da música nacional: Emicida, Vitor Kley, Natiruts e Duda Beat.

Com o projeto, o trio conquistou algo que sempre desejou: a criação de um álbum visual. Em cerca de um mês e com a colaboração de três diretores, eles gravaram videoclipes para todas as canções do disco.

O primeiro deles, o da faixa Quintal, que intitula o álbum, chegou ao YouTube simultaneamente ao lançamento disco. Mais cinco serão lançadas nesta quinta, 17, enquanto o restante estreia nas próximas semanas.

“Confesso que, no meio do processo, fiquei na dúvida se daria certo”, revela Diogo Melim. “Tivemos reuniões com alguns diretores que pegaram o projeto, ficaram duas semanas e largaram porque falaram que não iam conseguir”.

“Acho que estamos em um patamar na nossa carreira em que podemos fazer um investimento um pouco maior”, completa Gabriela. Segundo o grupo, o orçamento para o projeto foi alto dentro dos padrões nacionais.

Se, por um lado, as gravações ocorreram em um curto espaço de tempo, por outro, a criação do conceito, roteirização e aperfeiçoamento das músicas levou muito mais.

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Rodrigo conta que Quintal estava previsto para ser lançado no início de 2022, mas só foi finalizado muito depois. A faixa-título do disco, por exemplo, foi regravada depois de pronta, pois o grupo não sentia que ela estava tão boa quanto poderia ser.

Para Gabriela, o perfeccionismo é uma marca do trio: “Não abandonamos música nenhuma. Não tem uma que falamos ‘essa aqui já está legal’. Olhamos com muito preciosismo para cada canção como se fosse a única”

Os irmãos Gabriela, Diogo e Rodrigo Melim. Foto: Sergio Blazer


Colaborações

Quintal possui quatro faixas gravadas em colaboração com outros artistas brasileiros: Mapa, com Vitor Kley, Melhor Remédio, com Emicida, Alegria, com Natiruts, e Asas, com Duda Beat.

Rodrigo explica que as parcerias surgiram naturalmente: “Tínhamos as músicas pré-selecionadas e, com base em cada música, tínhamos algumas opções de convite”.

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Nesse processo, revelam que tentaram conseguir uma parceria até mesmo com o canadense Shawn Mendes. “Fizemos uma outra versão da música Borboleta e enviamos, mas ele estava em processo de gravação do álbum, tem essas coisas também, e aí falou que por agora não consegue fazer”, conta Diogo.

“Mas não temos limites para o nosso sonho. Depois que gravamos com Djavan, Ivete [Sangalo], Natiruts, Lulu [Santos], a gente sempre fala ‘temos que pelo menos tentar’. No último álbum, quase fizemos parceria com um gringo, só não rolou por causa da pandemia”, completa.

A parceria internacional ainda não aconteceu, mas Gabriela, Diogo e Rodrigo revelaram à reportagem que o álbum Quintal ainda ganhará uma faixa bônus com a participação de Vitão. A música deve chegar às plataformas em janeiro.

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Lista de faixas do álbum 'Quintal'. Foto: Universal Music Brasil


Maturidade

Apesar de hoje já estar consolidada no mercado musical, a Melim começou com três irmãos que entenderam que se conectavam não só como família, mas também como artistas.

Depois de participarem do reality show Superstar, da TV Globo, em 2016, assinaram com a Universal Music Brasil e emplacaram grandes sucessos nas rádios brasileiras, como Meu Abrigo, Ouvi Dizer e Dois Corações.

Alguns anos depois e divulgando seu terceiro álbum de inéditas, eles pensam que a maturidade não é reflexo só da evolução das músicas, mas sim de um processo interno de autoconhecimento e consolidação enquanto artistas.

“Para todo artista, é uma busca natural se alinhar cada vez mais com o que você quer dizer”, diz Rodrigo. ”Vamos amadurecendo enquanto pessoas também, não só como musicistas, e isso reflete nas letras também”.

Para Gabriela, esse processo de crescimento envolveu inseguranças que iam desde a forma como ela se portava nos palcos até as experiências que vieram com reconhecimento nacional.

“No início da carreira, eu era uma menina sonhadora, que os olhos brilhavam com tudo. Era até um pouco ingênua em algum aspecto, fui vivendo algumas coisas que me deixaram insegura e depois tive tempo de recuperar tanto a alegria, aquela menina leve, quanto a segurança para fazer hoje o que eu faço”, revela.

Eles destacam, no entanto, que esperam que as pessoas sempre vejam os lançamentos como mais maduros que os anteriores: “Assim vamos ter certeza de que estamos no caminho certo, na tentativa de trazer algo melhor do que já trouxemos”.

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*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

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