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‘Sempre estamos tentando voltar ao Brasil’, dizem integrantes do 5 Seconds of Summer

Luke Hemmings e Ashton Irwin afirmam que o novo álbum, ‘5SOS5′, é o mais autêntico já feito pelo grupo e comentam possível passagem pelo País

Foto do author Julia Queiroz
Por Julia Queiroz

Se você acha que o pop rock estava em baixa antes do crescimento do gênero no TikTok, talvez você não conheça o 5 Seconds of Summer. Pronto para lançar seu quinto álbum de estúdio, 5SOS5, que chega às plataformas nesta sexta-feira, 23, o quarteto já acumula mais de dez anos de estrada e uma legião de fãs.

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O segredo para a longevidade, segundo o baterista da banda, Ashton Irwin, são as metas de longo prazo. “Você tem que definir os próprios sucessos. Isso pode ser pequeno. Para mim, é tipo: eu curti o meu tempo com os garotos hoje? Eu fui gentil? Deixei minhas próprias questões de lado para beneficiar as nossas metas juntos, para irmos além como um grupo musical?”, diz.

Em entrevista por vídeo ao Estadão, ele e o vocalista e guitarrista Luke Hemmings revelam que ainda ficam “chocados” com a forma com que tudo aconteceu para o grupo: “Honramos isso nos comprometendo ainda mais para mostrar aos nossos fãs, nossa equipe e família que não vamos desperdiçar a chance que nos foi dada”.

O grupo mantém a formação original desde 2011, quando Irwin se juntou a Hemmings, ao guitarrista Michael Clifford e ao baixista Calum Hood para compartilharem covers amadores no Youtube. Criado em Sydney, na Austrália, o quarteto ganhou projeção quando abriu shows da banda One Direction e conquistou sucesso internacional com o lançamento do hit She Looks So Perfect, de 2014. Depois disso, o 5SOS emplacou os três primeiros discos no topo da Billboard 200, principal parada de álbuns do mundo.

Os australianos Michael Clifford, Luke Hemmings, Ashton Irwin e Calum Hood integram a banda 5 Seconds Of Summer desde sua formação. Foto: Andy DeLuca


5SOS5, o mais autêntico até aqui

Para Luke Hemmings, a palavra que define o novo álbum do grupo, intitulado 5SOS5, é “sincero”. Diferente de trabalhos anteriores, o disco foi inteiramente escrito e produzido pelos integrantes da banda, sem a colaboração de nenhum outro músico. De acordo com os integrantes, isso fez com que ele se tornasse o mais autêntico até aqui.

“Nos quatro álbuns anteriores, mesmo que estivéssemos levantando ideias ou escrevendo as canções nós mesmos, nós recebíamos conselhos de pessoas que estavam fazendo isso há muitos anos”, explica o vocalista. “Com esse disco, pegamos tudo que aprendemos nos últimos quatro [álbuns] e usamos isso da melhor forma possível para criar o que fosse que a banda soava naquele momento”.

O desenvolvimento do álbum também calhou de acontecer no auge da pandemia de covid-19. O grupo não podia mais sair em turnê com as músicas do disco mais recente, Calm, então, em novembro de 2020, os quatro se juntaram por dez dias em um estúdio na Califórnia (EUA) e o guitarrista Michael Clifford ficou responsável por supervisionar a produção e engenharia de som das faixas. Uma das primeiras a serem produzidas foi Complete Mess, lançada em março deste ano.

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“Acho que em 20, 30, 40 anos, vamos olhar para trás nos álbuns da banda sabendo que, pelo quinto, estávamos trabalhando em internalizar e fortalecer o processo apostando nas habilidades um do outro. Acho que ficaremos orgulhosos desse movimento”, diz Irwin.

5SOS5 conta com o impressionante número de 19 faixas, das quais cinco foram disponibilizadas para o público antes do lançamento do disco. Entre as músicas que os membros da banda estão mais ansiosos para que os fãs possam ouvir, Irwin cita Bad Omens, enquanto Hemmings diz Easy For You To Say e Caramel.


Conexão com o Brasil

Luke, Ashton, Calum e Michael têm sete shows marcados na Oceania em dezembro. Eles ainda não confirmaram planos para uma nova turnê depois disso, mas garantem que querem retornar ao Brasil.

“Definitivamente, há muitos planos voando por aí. Quer dizer, você sabe como o mundo está agora, nós fizemos planos, se eles vão acontecer ou não, teremos que ser flexíveis em relação a isso, mas estamos sempre tentando voltar ao Brasil”, afirma Ashton Irwin.

A banda já esteve no País duas vezes: em 2017, fizeram shows em São Paulo e em Porto Alegre, e se apresentaram no Palco Mundo do Rock in Rio. Em 2018, voltaram para show único na capital paulista. Os músicos destacam que tocar no festival “foi não só um ponto alto da carreira, mas também uma viagem incrível”.

“Estar exposto ao multiculturalismo, especialmente em um lugar como o Brasil, e quando você está tocando para um público com esse tipo de influência e com essa mistura de seres humanos, isso permite que você sinta um propósito maior de tocar música para as pessoas”, completa o baterista.

Luke Hemmings durante a apresentação do 5 Seconds of Summer no Rock in Rio 2017.  Foto: Pilar Olivares/Reuters - 15/09/2017

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

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