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Sorriso Maroto lança álbum de inéditas e aposta em projeto nostálgico

‘Como Antigamente’ é a novidade do grupo de pagode e terá faixa surpresa, em breve

Foto do author Ingrid Rodrigues
Por Ingrid Rodrigues

Com quase 25 anos de carreira, Sorriso Maroto apresenta seu 15º álbum, Como Antigamente. Apesar do título, o lançamento é uma coleção de 13 faixas inéditas, sem parcerias e fiel às características melódica e romântica do início do grupo. “A grande diferença para os outros álbuns é fazer o mesmo, dando um passo diferente de tudo o que estamos fazendo recentemente. O Sorriso está sendo ele mesmo, autêntico dentro da sua principal característica, entregando 100% da sua verdade e capacidade de fazer música em todos os sentidos”, destaca o vocalista Bruno Cardoso.

A novidade, presente em todas as plataformas de áudio, conta com clipes disponíveis no YouTube. As imagens, gravadas no Polo Cine Vídeo, no Rio de Janeiro, evidenciam uma estética minimalista, em um cenário com fotos de cada integrante (Bruno, Sergio, Cris, Vini e Fred) no início da carreira, atualmente e como seriam mais velhos.

'Como Antigamente' é o 15º álbum do Sorriso Maroto Foto: Washington Possato

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Segundo o vocalista, toda a construção de imagens, bem como título do álbum e suas faixas, foram planejados para causar os mesmos “efeitos colaterais bons do passado”, com “sensação de músicas de época”. “É uma linha do tempo, quase metaverso, de buscar o Sorriso Maroto de antigamente, inclusive na imagem, além de fazer uma leitura de como podemos ser no futuro”, explica.

Apesar do lançamento das 13 faixas, o álbum traz uma novidade futura, que deve ser divulgada na virada deste ano para 2023. Bruno conta que a surpresa é “a essência do grupo com uma cereja do bolo”. “A 14ª faixa é um segundo momento do disco, depois que já apresentamos o álbum e as pessoas já entenderam a proposta. Essa segunda fase traz um sabor diferente, uma experiência de modernidade dentro das nossas características clássicas”, adianta o cantor.

Próximos passos do grupo

A faixa título, Como Antigamente, é destacada entre as mais especiais para os integrantes. Composta neste ano por Bruno e Sérgio Jr., a canção chegou após a produção do álbum, diferentemente de outros projetos, que costumam ser construídos a partir de uma música pronta. Desta vez, todas as faixas do disco serviram de inspiração para tal composição. A letra romântica retrata uma viagem no tempo para ver o futuro ao lado da pessoa amada.

E não para por aí. Além do novo álbum, o grupo planeja um projeto especial de comemoração dos 25 anos, além de um evento esporádico nomeado de Sorriso às Antigas, que deve iniciar em breve. A última ação será marcada por shows baseados em repertório clássico da banda.

A ideia de levar o público a uma “viagem no tempo passado” surgiu do apelo evidenciado, especialmente, em uma live realizada em 2020, no auge da pandemia, com 1,4 milhão de acessos simultâneos. Conforme o vocalista, na ocasião, ficou nítido o “movimento diferente” quando tocavam as canções antigas.

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Música antiga X hits do momento

Sorriso Maroto mira em nostalgia do público com 'Como Antigamente' Foto: Washington Possato

O estilo retrô e a nostalgia estão em alta em diversos quesitos, principalmente nas músicas. Bruno acredita que o motivo dessas canções não atuais ainda causarem tanto efeito é o tempo de maturação, que pode levar anos, para que determinadas faixas sejam entendidas como repertório de certos momentos da vida de alguém.

Ele também comenta a diferença entre as músicas antigas de cantores considerados “raízes”, como o Sorriso Maroto, em relação aos novos nomes do meio. “Credito essas diferenças ao impacto do novo momento. A gente faz essa comparação de forma natural, como ponto de referência do que foi, o que é e para onde podemos ir. É interessante entender que a música como um todo sofreu uma transformação muito grande, não só o pagode”, pondera.

Outro ponto de destaque é a diferença das composições. Enquanto antigamente a preocupação era narrar uma história, atualmente o foco são músicas curtas, típicas de momentos pontuais, como festas. “Não é culpa do artista, é que a indústria no geral mudou muito, o comportamento do ouvinte mudou também. Hoje temos uma ‘guerra’ com as plataformas digitais, por exemplo, pela colocação de alguns padrões, que são interessantes para o consumo dentro da plataforma, mas para nós não fecha a conta ter que entregar músicas de 2,5 minutos. Esse tempo é praticamente impossível para contar uma história, para criar sensações”, conclui.

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