O humorista ‘Esse Menino’, cujo nome verdadeiro permanece em segredo, surpreendeu a todos após resolver sair de cena. Aos 25 anos, o mineiro de Teófilo Otoni ficou famoso depois que inventou uma troca de e-mails entre a fabricante norte-americana do imunizante contra COVID-19, a Pfizer, e o presidente Jair Bolsonaro (PL). “Isso não é um tchau, é um até logo”, anunciou na terça-feira, 28, em uma postagem no Instagram.
“Muito obrigado pela ousadia que vocês me deram. Todo profissional da arte/entretenimento que cruzou meu caminho nesse ano, até vocês que me acompanharam, riram, deram força. muito obrigado. Minha carreira não começou, nem terminou . Eu quero fazer isso pra sempre", resumiu o humorista. No vídeo que segue a postagem, ele revelou sofrer há anos de depressão.
‘Esse Menino’ não é o primeiro palhaço triste a falar publicamente da doença. De veteranos e lendas como o próprio Chico Anysio, que admitiu em vida sofrer de depressão, a novos talentos como Whindersson Nunes, personalidades expuseram suas vidas para encorajar fãs e amigos. No vídeo de despedida, ‘Esse Menino’ falou sobre cobrança excessiva, cansaço mental e esgotamento, características clássicas de transtorno de ansiedade generalizada.
“Uma das primeiras coisas que fiz quando recebi o dinheiro do meu trabalho foi pagar um psiquiatra”. Admitiu ele, e completou: "Saúde mental ainda é um luxo para a maioria de nós”. O humorista está no ar no canal pago Multishow, com o talk-show EsseMenino.MP3 desde novembro. Após estourar nas redes sociais com o vídeo da ‘Pifaizer’, ele protestou contra o esquecimento de artistas independentes e virou uma voz representativa dos influenciadores digitais LGBTQ.