A oficialização do "savanístico'' destino da Arena da Amazônia, da Arena Pantanal, do Mané Garrincha (acho que em respeito ao craque vou passar a chamá-lo de Estádio Nacional, como queriam os organizadores brasileiros da Copa e a dona Fifa) e da Arena das Dunas se deu com uma decisão simples -e coerente: a proibição da venda do mando de campo dos jogos do Campeonato Brasileiro.
Ou seja, acabou a festa de os clubes, sobretudo os do Rio, quererem jogar em Natal, Brasília, Manaus e outras cidades partidas em que têm o mando. E não adianta nem querer dizer que não há estádio no Rio para que possam atuar. Afinal, o limite mínimo de capacidade para jogos do Brasileiro foi reduzido para 12 mil pessoas, e assim dá para jogar na Ilha, em São Januário, em Mesquita...
Mas esse não é o ponto. O ponto é: o que fazer agora com os nossos elefantes (sim, nossos, pois adivinhem quem vai pagar continuar a pagar a conta?)
Os quatro estádios citados, que têm alto custo de manutenção, já vivem às moscas. E, a partir de agora, nem elas deverão passar por lá.
Jogar Estadual em algum desses estádios não dá. O custo não compensa. E obrigar clubes a tomar prejuízo, como a Federação Potiguar quer fazer com ABC e Globo, determinando que disputem a final do turno local na Arena das Dunas, é no mínimo atentar contra as mais básicas noções de profissionalismo.
A alternativa vai ser fazer torneios de pré-temporada, nos moldes da Florida Cup, e amistosos. Pouco.
Mesmo porque, até um a ideia paliativa de José Maria Marin, quando era presidente da CBF - a de levar partidas finais para Copa do Brasil para esses elefantes como forma de alimentá-los parcamente - não vingou. O tempo passou, Marin deixou, e perdeu, o poder como bem se sabe, e tal iniciativa não prosperou.
Pelo jeito, tais arenas viverão - se é que se pode usar tal palavra - de shows esporádicos, eventos corporativos, casamentos, e um ou outro joguinho. Logo estarão, todas, caindo aos pedaços (a arena de Cuiabá já está, ao que se sabe).
É claro que logo os domadores (ops, administradores) dos elefantes vão aparecer, garantindo que têm formas e fórmulas para torná-los rentáveis. Aí, vai acreditar quem quiser. Certo mesmo é que a conta, salgada, continuará a ter de ser paga.