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Ana Beatriz enfrenta maratona para conquistar dois títulos em um mês

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Por Valeria Zukeran
Atualização:

A meio de rede Ana Beatriz, 17 anos, 1,87 metro, vai enfrentar uma maratona suportável para poucas atletas. No início da noite de ontem, desembarcou no Aeroporto de Cumbica vinda da Tailândia, onde ajudou a seleção brasileira infanto-juvenil de vôlei a conquistar o tricampeonato mundial, com direito ao prêmio de melhor bloqueadora da competição. Hoje pela manhã, nem 12 horas depois da chegada, viaja para o México, para juntar-se à delegação nacional que disputará o Mundial juvenil. Sua esperança é terminar julho com mais um título no currículo. "Foi uma viagem bem cansativa, 31 horas de vôo, da Tailândia até aqui", diz Ana Beatriz. "Só vai dar tempo de fazer as malas de novo, mas vale a pena: agora que conheci o gostinho da vitória, quero cada vez mais." Se hoje o Brasil tem uma revelação no vôlei, isso aconteceu por influência da família da meio de rede. "Quando era pequena, eu gostava era de futebol, mas meu pai insistiu para que fizesse um teste em uma escolinha de vôlei", recorda. "Passei e por um tempo pratiquei os dois esportes. Certo dia meu técnico de vôlei em Sorocaba me levou para fazer um teste no Finasa e eu fui chamada." Com a mudança para Osasco, o futebol perdeu uma atacante, mas Ana Beatriz ainda aplica algumas lições dos gramados na quadra. "Uma coisa que faço muito é defender bolas com os pés." Na nova equipe, Ana Beatriz começou a aperfeiçoar seu melhor fundamento: o bloqueio. "Desde o começo sempre tive facilidade para subir à rede. E, como depois dos meus treinos a Denise (meio de rede da equipe adulta) começava a trabalhar, ficava até mais tarde observando o que fazia. Aprendi muito. Outra jogadora de que gosto muito é da Fabiana." Ana Beatriz é ambiciosa, mas paciente. Espera seguir os passos da atual geração da seleção brasileira. "Meu grande sonho é um dia ser campeã olímpica", admite.

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