As duas maiores torcidas do Brasil andam prosas - e não é por acaso. Corinthians e Flamengo comandam a classificação da Série A, são os únicos invictos e acertam o passo. O alvinegro paulista conseguiu neste domingo a sétima vitória em oito apresentações, retrospecto pra lá de significativo. O rubro-negro carioca tem cinco vitórias e quatro empates. E isso é ruim?!
Nenhum dos dois é supertime. Aliás, não há uma equipe extraordinária hoje no futebol brasileiro. Mas líder e vice-líder são boas apostas para a briga pelo título deste ano, independentemente do que têm feito rivais como São Paulo, Palmeiras, Cruzeiro, Botafogo, Inter, Vasco e outros que continuam num sobe-e-desce danado. Corinthians e Fla têm mostrado maturidade e eficiência. Isso conta num torneio em que pesa a regularidade.
O Corinthians não foi brilhante no duelo com o Atlético, em Goiás. Mas foi seguro. Mesmo nos momentos em que sofreu pressão - na parte final do primeiro tempo - não perdeu o controle, não se afobou. Soube segurar o rojão, tocou a bola e, a partir do gol decisivo de Willian, não perdeu mais a vantagem. Tite conseguiu montar um time solidário, em que Ralf e Paulinho aparecem na frente para chutar e em que Willian, hoje Alex (mas regularmente Jorge Henrique) e até Liedson aparecem para combater. E Danilo renasceu.
O Atlético soube dar trabalho. E, apesar da situação delicada (tem 8 pontos e está entre os quatro últimos), mostrou potencial para reagir ao longo da competição. Polêmico o lance do final do primeiro tempo, na cabeçada de Anselmo que Julio César defendeu. Bela jogada, que deu a impressão de gol. Para alguns foi gol (eu achei) e para outros, não. Nem o tira-teima resolveu. Portanto, nada de pedradas nem para um lado nem para outro.
O Flamengo também mostrou serenidade que não ostentava no Campeonato Carioca (mesmo com título) e na Copa do Brasil. Não teve vida mansa contra o Flu, foi pressionado, mas resolveu a questão numa oportunidade no primeiro tempo, no gol de Williams, e provou que não será coadjuvante no Brasileiro. A defesa, antes seu ponto frágil, está acertada. Só Ronaldinho ainda não me convence. Bom primeiro tempo, mas desapareceu no segundo. Abel terá trabalho no campeão Flu.