Oscar despontou tempos atrás como a mais nova joia do São Paulo desde a saída de Kaká. Era incensado como talentoso, intuitivo, habilidoso, criativo e outros adjetivos entusiasmados. Nem bem se profissionalizou, rompeu com o clube e foi à Justiça para defender o direito de trabalhar onde quisesse.
A luta se arrastou até recentemente, já como jogador do Inter. O clube gaúcho precisou ressarcir o São Paulo, para encerrar pendência e acalmar de vez a situação. Afinal, Oscar dizia que não voltaria para o Morumbi de forma alguma e que seu desejo era fazer carreira no Sul. Era uma vitória da vontade do profissional que se tornava destaque no Colorado.
Mal baixou a poeira, ele é convocado para amistosos da seleção, joga bem, ganha a 10, desbanca o ex-favorito Ganso e, num passe de mágico, surge o Chelsea em sua trajetória. Não houve nem muito drama ou enredo arrastado. Num instante, chega o acordo e o rapaz vai embora.
Como cidadão comum tem o direito de decidir seu destino, de comandar a carreira. Fará a alegria dele, da família, dos agentes com a grana que receberá. E também passará a ser visto como um atleta inteligente por alguns treinadores, porque decidiu jogar na Europa. Ao contrário do Neymar, que preferiu permanecer no Santos, para espanto dos pragmáticos.
Que tenha futuro brilhante e vingue no Chelsea. Só fico a imaginar a reação do torcedor do Inter que um tempinho atrás vibrou com a luta do rapaz para permanecer no Beira-Rio. O torcedor é só um apaixonado, que não entende nada de negócios!