O clássico em Cariacica mostrou uma equipe em subida - o Fla - e outra em queda, o Inter. Os gaúchos ganharam um ponto na últimas quatro rodadas. Foram três derrotas e um empate. Um impacto forte para quem largou muito bem na competição, chegou a ter defesa sem tomar gols e uma forma compacta de atuar. De um momento para outro, despenca. E, se não fosse o goleiro Muriel, o resultado acabaria mais impiedoso para a turma de Argel Fucks.
Não que tenha sido uma exibição de gala do Fla; ele tem falhas e limitações, embora com participação mais efetiva de Guerrero. O peruano participou do gol de Ederson, aos 18 minutos do primeiro tempo. O problema é o Inter não encaixar as jogadas nas roubadas de bola. O meio-campo não tem funcionado na armação, o ataque desapareceu. Sasha e Vitinho não deram trabalho para Alex Muralha. Nem adiantou a entrada de Valdivia no segundo tempo (no lugar de Sasha).
O Flamengo teve o mérito de não deixar o Inter crescer. Ao contrário do final de semana, funcionou bem o sistema de marcação e houve várias jogadas de contragolpe. Isso explica também a vitória e a semelhança com o Inter no retrospecto: ambos têm 6 vitórias, 2 empates e 4 derrotas. Cada um sofreu 11 gols. A diferença em favor do Inter está nos gols marcados: 15 a 13.
O equilíbrio não torna mais grave a situação do Inter em termos de colocação. Mas preocupa a queda. Quebrou o encanto?