Pura enganação, cortina de fumaça que se desfez num instante. Depois de 12 rodadas, o campeão paulista está no bloco dos desesperados, com 6 derrotas, 4 empates e apenas duas vitórias. Tem 10 pontos ganhos e futebol nota zero, como mostrou na surra de 4 a 1 que levou do Goiás, no início da noite desta quarta-feira, no Serra Dourada.
No primeiro tempo, os santistas ainda apresentaram alguma resistência, apesar da falta de atrevimento, da desorganização em todos os setores e da intranquilidade. O Goiás, que também não anda bem das pernas, percebeu a insegurança e tratou de impor-se. Foi pra cima, testou a sorte com chutes ao gol de Vanderlei e em nenhum momento foi ameaçado.
O empate chinfrim com o qual o Santos se satisfazia foi para o espaço em menos de dez minutos no segundo tempo, com os gols de Felipe Menezes (pênalti) e Fred (em rebote de cobrança de falta). Outros dez minutos e mais dois gols verdes, com Felipe Menezes de novo e com Carlos Eduardo. O gol de honra veio em pênalti batido por Ricardo Oliveira.
A despedida de Marcelo Fernandes como técnico deixou evidente que o Santos tem um grupo de qualidade mediana, muitos jovens que podem queimar-se por causa da fase ruim e poucas, raras, referências para segurarem o rojão. Por ora, só Vanderlei e Ricardo Oliveira.
A conta por contratações erradas, por investimentos equivocados, por falta de dinheiro e pela perda da estrutura do ano passado aparece agora. É salgada, e pode ficar pior. O Santos caminha para situação inédita no Brasileiro: a briga para não cair.