Pato foi o nome do jogo - e não há como ser diferente. Quem faz três gols e tem participação direta em outro merece elogios e a reverência. A qualidade do adversário não foi grande coisa? E daí? Quantas vezes, um time forte enfrenta outro meia-boca e se enrosca? Pois o centroavante teve o desempenho que se espera de alguém que está lá para mandar a bola pra rede.
E foi o que fez. Pato soube colocar-se, aproveitou-se dos vacilos alheios, intuiu a movimentação dos companheiros e apareceu na hora certa, lugar certo, para empurrar para o gol. Soube, enfim, agarrar a chance que Muricy lhe deu, agora que a concorrência no ataque cresceu, com a chegada de Centurión - além, claro, da presença de Luis Fabiano e Alan Kardec, em princípio os favoritos do treinador para iniciarem jogos importantes como titulares.
O São Paulo não se limitou a Pato. Também foram decisivos para o resultado Michel Bastos e Ganso. Ambos deram consistência ao meio-campo. Bastos no setor pode ser um achado de Muricy, na falta de Dudu, que era o preferido a ser contratado para o lugar de Kaká.
Escorregão houve, no sistema defensivo. Mas vieram depois que a vantagem era de três gols. Um relaxamento natural. Importa que Muricy ajusta a equipe para a estreia na Libertadores.
E que Pato fique esperto no torneio sul-americano. A torcida (e não só a bela namorada) agradece.