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Caboclo diz que trocou G-League por experiência na Europa ao não ver chance de volta rápida à NBA

Jogador da seleção brasileira, que treinou no Boston Celtics antes do início da temporada, tinha bons números pelo Capitanes na liga de desenvolvimento antes de transferência para o Ratiopharm Ulm, da Alemanha

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Foto do author Marcius Azevedo
Por Marcius Azevedo
Atualização:

Em 2014, Bruno Caboclo foi selecionado pelo Toronto Raptors no draft e realizava o sonho de entrar na NBA. Foram 105 jogos, incluindo passagens por Sacramento Kings, Houston Rockets e Memphis Grizzlies. Quase nove anos depois, aos 27, o ala mostra ambição de voltar à liga americana e, entrevista ao Estadão, afirmou que decidiu ir para o Ratiopharm Ulm, da Alemanha, para ganhar ainda mais experiência na Europa e se colocar novamente nos holofotes.

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“Sempre vou ter isso (NBA) na minha cabeça. Mas também vou focar no meu momento presente e chegar o melhor possível que eu puder para que, se um dia pintar novamente uma chance, estar pronto”, afirmou o jogador, que assinou com o Boston Celtics, treinou com o elenco, mas foi dispensado antes do início da atual temporada.

Na sequência, Bruno Caboclo acertou com o Capitanes, equipe mexicana que participa da G-League, liga de desenvolvimento da NBA, para seguir nos Estados Unidos. O brasileiro fez 16 jogos na temporada 2022-2023, com médias de 14,6 pontos e 6,1 rebotes, com 27,3 minutos em quadra. Depois disso optou pela transferência para o basquete europeu.

“Eu joguei no Capitanes com uma possibilidade de conseguir voltar para a NBA, e depois de meia temporada, não vi muita possibilidade rápida de isso acontecer. Então, preferi terminar a temporada na Europa, ganhando mais experiência, o que não tenho muito”, explicou Caboclo.

Com boas atuações pelo Ratiopharm Ulm, Bruno Caboclo quer classificar o Brasil para a Copa do Mundo de Basquete Foto: Thierry Gozzer/CBB

Ao lado do armador Yago, o ala, que tinha uma experiência na Europa pelo Limoges, da França, tem se destacado. São 15,6 pontos e seis rebotes de média, segundo o site da equipe. Caboclo confia que o bom desempenho por lá pode ajudá-lo no objetivo de voltar à NBA. “Preciso continuar ganhando experiência no basquete europeu, jogando Euroliga, Bundesliga. Isso vai abrir bastante oportunidades para mim.”

Para o jogador, até o período no Brasil, quando defendeu o São Paulo, ajudou no seu crescimento. A volta ao País, diante do seu potencial, foi alvo de algumas críticas. “Não acho que foi um passo errado. Eu joguei a temporada aqui depois da covid-19, queria passar um tempo com a minha família. Achei o São Paulo a melhor escolha. Um time competitivo, bons jogadores. Atuando campeonato internacional, sendo campeão e MVP. E acho que isso melhorou muito o meu histórico e aprendi muito com os jogadores experientes que estavam na equipe”, afirmou Caboclo.

SELEÇÃO BRASILEIRA

Antes de voltar à Alemanha, Caboclo tem outra missão importante. Ele é referência da seleção brasileira que entra em quadra contra Porto Rico, nesta quinta-feira, às 19h30, no Ginásio Arnão, em Santa Cruz do Sul-RS. Segundo colocado do Grupo F das Eliminatórias, com sete vitórias e três derrotas, o Brasil se garante na Copa do Mundo de 2023 com um triunfo.

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“Estamos renovando o grupo, uma mistura boa, com jovens e experientes tendo espaço. Jogando junto já há um bom tempo. E isso está mostrando a nossa evolução como jogadores e time. E acredito que ainda temos uma grande margem de evolução”, afirmou Caboclo.

O ala agradeceu ao técnico Aleksandar Petrovic, que contribuiu para o seu crescimento como atleta, mas vê o Brasil no caminho certo com Gustavo de Conti. “Cada técnico tem sua forma de trabalhar, o que é normal e saudável. O Gustavo é bem rígido com detalhes, parte tática, e isso é bom, porque te traz mais responsabilidade, para todos na verdade, e o foco o tempo inteiro”, disse.

“O Petrovic foi muito ponta firme. Ele me deu bastante apoio e confiança. Um jogo diferente do que eu estava acostumado, o que me fez evoluir como atleta”, acrescentou.

Para Caboclo, o Brasil tem condições de fazer um bom papel na Copa do Mundo, que será realizada no Japão, Filipinas e Indonésia, entre agosto e setembro deste ano. “Em 2019, foi um desafio bem grande. Mas, já estamos chegando agora com mais experiência. Espero fazer uma melhor campanha e ajudar o Brasil a conquistar uma vaga olímpica e quem sabe uma medalha.”

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