As seleções masculinas de vôlei de Brasil e Sérvia e Montenegro (ex-Iugoslávia) fazem neste domingo a final da Liga Mundial, em Madri. Os brasileiros buscam o terceiro título da competição, enquanto os adversários brigam pelo ouro inédito. A partida está marcada para às 13h de Brasília, com transmissão da Rede Globo e SporTV. Na preliminar, Itália e República Checa brigam pelo bronze. Hoje, nas semifinais, o time sérvio eliminou a Itália facilmente por 3 sets a 0, com 26/24, 25/22 e 25/16. Em seguida, os brasileiros também não tiveram dificuldades e passaram pelos ?azarões? da República Checa por 3 a 0, com parciais de 25/12, 25/20 e 25/18. Para o confronto de amanhã, o técnico brasileiro Bernardo Rezende já avisou: "Se mantivermos esse mesmo espírito do jogo contra a República Checa, vai ser difícil nos bater." Mas o treinador não quis se precipitar: "Claro que do outro lado vamos ter um grande time." Em uma partida quase perfeita, Bernardinho conseguiu se manter calmo no banco. Não pediu sequer um tempo a que tinha direito. "Realmente, fizemos um bom jogo, em que pude destacar a coletividade. Trabalhamos bem os bloqueios, sacamos com certa regularidade e tivemos muita dedicação tática. A parte mais difícil foi acabar com o clima de ?já ganhou? nas últimas 48 horas, justamente por termos pego os checos, tidos como azarões", assinalou. Amanhã, Bernardinho disputa com a seleção sua décima final em dez campeonatos disputados. Se vencer, contabilizará oito títulos e dois vice-campeonatos. Ele fez questão de elogiar as atuações de Giovane na fase final. O jogador de 32 anos vem substituindo Giba e, com ótimas atuações, surpreende os adversários. "O homem-símbolo do nosso time é o Giovane, que sabe ganhar e perder junto do time. E enquanto formos esse mesmo time unido, vamos continuar chegando ao pódio. Quando os interesses pessoais sobrepuserem os coletivos, os resultados acabam", ressaltou o técnico. O central Gustavo, que foi cortado do time antes do início da fase final, por causa de problemas de dores nas costas, prevê uma partida equilibrada. "O confronto entre o campeão olímpico (Sérvia e Montenegro) contra o campeão mundial (Brasil) deve ser bem equilibrado. O time deles é muito equilibrado e forte. Mas acho que nós vamos chegar com moral nesta final. Foi uma grande vitória hoje", disse o central, que foi substituído por André Heller nesses últimos jogos. O time sérvio, ao contrário do que se esperava, passou sem dificuldades pelos italianos. O levantador e capitão da equipe, Nikola Grbic, destacou: "Fizemos nossa melhor partida na Liga. E a cada dia estamos melhorando. Estamos encontrando nosso melhor nível técnico e a principal incógnita é saber se isso será suficiente para ganharmos." Aposentadoria - O jogador do time rival mais conhecido dos brasileiros é o irmão de Nikola, Vladimir Grbic, que já passou pelo time de Suzano. O atacante anunciou hoje que após o jogo de amanhã vai deixar a Seleção de seu país. "Vou fazer 33 anos. Não quero ficar velho na seleção e desejo ter filhos e me dedicar apenas a eles. Amanhã poderei lutar por um dos títulos que me faltam. É verdade que me aposentarei sem ser campeão do mundo, mas a Liga Mundial é quase tão importante", declarou.