Domingo, 2 de outubro, será realizada mais uma das World Marathon Majors, a de Londres (Inglaterra), que foi transferida de abril para outubro por conta da pandemia, pela terceira e última vez, com 50 mil participantes. E o grande destaque da prova é Kenenisa Bekele, segundo fundista mais rápido do mundo. Será a quarta vez dele nessa maratona, e o fundista da Etiópia está com sangue nos olhos para triunfar pela primeira vez. Os brasileiros vão poder conferir a 42ª Maratona de Londres, ao vivo, na ESPN 2 e no Star+, a partir das 5 horas da manhã (9h em Londres).
"Estou aqui para vencer", declarou Bekele, 40 anos, para a assessoria de impresa da London Marathon. "Tenho confiança que vou estabelecer o meu melhor tempo, não vai ser fácil, mas é possível", acrescentou. Domingo passado, seu principal rival, a lenda viva das maratonas Eliud Kipchoge, 37 anos, bateu o recorde mundial mais uma vez - o anterior era dele também - na Maratona de Berilm, cruzando a linha de chegada aos 02:01:09. No feminino, o destaque de Londres também vem da Etiópia, é a atual recordista mundial dos 10km - Yalemzerf Yehualaw, que vai correr nessa maratona pela primeira vez.
Kipchoge também está em Londres, não para correr, mas para homenagear a Rainha Elizabeth. Ele, que já venceu quatro vezes a Maratona de Londres (2015 2016, 2018 e 2019) vai plantar uma árvore, uma cerejeira florida, no sábado, no Greenwich Park, perto da largada da prova. Ele vai participar também da inauguração do London Marathon's Living Hall of Fame. A ideia é começar a plantar uma árvore em homenagem a cada campeão da Maratona de Londres, que é realizada desde 1981. "Árvóres, para mim, representam a vida e um legado", afirmou Kipchoge, que ficou muito lisonjeado com a ação. O plano dos organizadores é plantar 150 árvores até 2030, quando será realizada a 50ª edição da competição.
Outra peculiaridade dessa prova é sempre ter tentativas de quebras de recorde do Guinness Book. Este ano, o 15º consecutivo, haverá 28 tentativas, como por exemplo, a pessoa mais rápida correndo uma maratona fantasiada de garrafa, boxeador, carteiro, vampiro, bruxa, de pijamas - e por aí vai.
E para quem está pensando em se tornar maratonista, ou já é, e vai encarar o circuito das Majors, os profissionais da Care Club, pioneiro Health Club do Brasil, elaborou algumas dicas. A próxima Major será em Chicago (EUA), no dia 9 de outubro, e a de Nova York em 6 de novembro, que fechará as competições desse ano. Aliás, um dos diferenciais desse circuito é a medalha especial para quem corre as seis, a Six Stars, que é entregue em cerimônia especial.
Biomecânica- Fábio Bessa, fisioterapeuta da Care Club, explica que quando um corredor resolve encarar um ciclo de maratona, a fisioterapia é uma forte aliada, para prevenir lesões e otimizar os movimentos. "A forma como corremos influência diretamente no nosso gasto de energia e na sobrecarga do nosso corpo. Devido à alta repetição do mesmo movimento na corrida durante os treinos no ciclo de uma maratona, qualquer pequeno ajuste e orientação no seu movimento pode gerar um grande impacto positivo",afirma.
Exames - Bárbara Scalon, endocrinologista da Care Club, explica que é fundamental estar com os exames em dia. "Fazemos uma avaliação completa, com exames de laboratório, imagem e eventualmente testes dinâmicos. Treinos extenuantes podem causar desequilíbrios hormonais e estes interferem na saúde e no rendimento. Garantir o bom funcionamento do organismo é um dos pilares para melhora da performance", explica a médica.
Nutrição - para não quebrar na maratona, o temido "muro" do km 32 - é muito importante ter acompanhamento de nutricionista no ciclo da maratona. "Para não errar, é muito importante repor os carboidratos e os eletrólitos e cuidar da hidratação, para isso o acompanhamento de um nutricionista é fundamental", pontua Nathalia Perez, nutricionista da Care Club, unidade Parque do Povo.
Massagem Desportiva - técnica de liberação das fáscias, mais profunda, voltada para a recuperação do músculo. No ciclo da maratona, a recomendação é ser feita uma vez por semana para prevenir lesões. "Dever ser feita até dois dias antes da maratona, para favorecer a força", explica a fisioterapeuta Samira Souza, da Care Club Villa Lobos.
Recovery - processo que combina diferentes métodos, cientificamente comprovados, como a crioterapia, drenagem linfática com bota de compressão e liberação miofascial, para acelerar a recuperação pós-treino, permitindo que o corredor possa continuar seguindo sua planilha com mais aptidão e consiga entregar melhores resultados. "É interessante pensar nesse cuidado sob duas óticas: após os treinos mais longos ou mais intensos, quando o objetivo é acelerar o processo de recuperação ao estresse do exercício; e antes de um momento alvo do ciclo, como uma prova especial ou um simulado, quando a intenção é renovar as energias e deixar o corpo preparado para responder na melhor forma ao estresse que virá", observa Maria Cecília Martins, headcoach da Fisioterapia da Care Club do Itaim.