Se Pelé não tem a unanimidade na escolha de maior jogador da história do futebol, é por causa de Diego Armando Maradona. Mas o que parece ser indiscutível é que ninguém tira do argentino o título de craque mais polêmico de todos os tempos. Maradona chega aos 57 anos, mas parece ter vivido um século, tantos foram seus feitos dentro e fora de campo.
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Da mesma forma que demonstrou uma habilidade impressionante com a perna esquerda para entortar seus adversários, controlar a bola e somar milhões de fãs pelo mundo, "El Diez" mostrou-se desequilibrado e despreparado para superar os obstáculos apresentados pela vida.
Começou muito pobre a jogar nos campos da maior favela de Buenos Aires. Conheceu a fama, obteve riqueza, veio o deslumbramento com a idolatria por parte do povo argentino, ao se sagrar ídolo no Barcelona, no Napoli e na seleção argentina.
Tudo isso mexeu com sua cabeça. Campeão mundial em 1986, no México, e vice na Itália, em 1990, Maradona foi flagrado no exame antidoping em 1991, pelo uso de estimulantes. Foi suspenso por 15 meses. Retornou e jogou a Copa dos EUA, em 1994, quando voltou a ser pego no antidoping, desta vez para cocaína. Jogou até 1997, mas nunca mais foi o mesmo.