O Palmeiras vem sentindo a maratona de jogos justamente no momento que antecede o início do mata-mata na Copa Libertadores. Em seis dias a equipe disputou três jogos e os titulares já estão sofrendo. Tanto que o técnico Abel Ferreira optou por deixar alguns deles no banco de reservas no duelo de domingo com o Avaí. Na segunda-feira, o Palmeiras enfrentou o São Paulo no Morumbi. Venceu com uma virada no final. Poucos dias depois, na quinta, encarou novamente o tricolor e foi derrotado por 1 a 0. E no domingo, em Florianópolis, mediu forças com o Avaí e ficou apenas no empate por 2 a 2 em uma partida que Abel entrou com um time misto.
"Mais uma vez estou contente com o rendimento da equipe. O segundo tempo foi todo nosso e criamos oportunidades para sair com outro resultado. O que me deixa feliz é que, independente de quem jogue, temos sempre em mente vencer. Infelizmente não deu para vencer, mas somamos um ponto e seguimos na briga", disse. Ele reforçou que a sequência de partidas coloca um peso sobre o time. Ainda mais que em menos de uma semana teve dois clássicos bastante disputados e um jogo fora de São Paulo. "O Palmeiras é o time que mais joga e que menos se recupera entre os jogos, mas esses jogadores são guerreiros e dão sempre o melhor. Se não fosse o goleiro adversário, que fez uma defesa espetacular, ficaríamos com os três pontos." O treinador sabe que é muito difícil uma equipe manter o ritmo forte jogando dia sim, dia não. Por isso elogia seus comandados. "Isso é fruto do trabalho dos nossos jogadores, os torcedores se identificam com nós porque não desistimos nunca dos jogos. Gostaríamos de ter vencido para dedicar a vitória para eles, mas eles sentiram que os jogadores fizeram tudo para sair daqui com outro resultado", disse. Agora ele começa a preparar o elenco para o duelo de quarta-feira, contra o Cerro Porteño, no Paraguai, pelas oitavas de final da Libertadores. E espera que seu time esteja bem fisicamente para matar o jogo. "Futebol tem muito a ver com eficiência, não adianta ter dez oportunidades e não fazer. Se o adversário tiver uma e fazer, vence. Por isso o futebol é mágico", avisa.