Alexandre Pato, Alan Kardec e Luis Fabiano estão entre os atacantes mais badalados do futebol brasileiro, mas o o instinto goleador do trio parece ter adormecido e deu lugar à estiagem de bola nas redes e viraram dor de cabeça para o São Paulo nesta reta final de Brasileiro. A situação mais dramática é de Kardec. Contratado para ser a referência ofensiva da equipe, o atacante não marca desde a vitória sobre o Cruzeiro, em 14 de setembro. São 11 partidas em branco, marca que é compensada pelo papel tático desempenhado pelo jogador. "Ele se sacrifica demais pelo time, é um dos que mais corre", afirmou recentemente Muricy Ramalho ao defendê-lo.
Pato vive uma situação um pouco melhor: foi dele o gol de honra na derrota para o Fluminense, há quase um mês. De lá para cá, o atacante - desfalque nas últimas duas partidas por conta de um edema na coxa esquerda - viu cessar a fase excepcional em que chegou a marcar oito vezes em dez jogos. Embora não tenha repetido a fase artilheira, o jogador ainda tem se garantido pela movimentação intensa que acaba abrindo espaços para os companheiros. Como dificilmente o camisa 11 irá se recuperar a tempo da partida contra o Goiás, a responsabilidade cairá sobre Luis Fabiano, que busca uma nova volta por cima no clube. Depois de um primeiro semestre impecável em que marcou 15 gols em 27 partidas, o jogador ainda tenta ganhar ritmo depois de sofrer dois estiramentos musculares na coxa direita e deixou sua marca apenas uma vez desde que voltou ao time, em setembro. "Estou trabalhando firme, me sentindo bem e sem nenhum tipo de dor. Respeito as escolhas do treinador e os companheiros que estão brigando por um lugar no time. Se tiver oportunidade de jogar farei meu máximo para ajudar o São Paulo a conseguir uma vitória", disse ao site oficial do clube. Apesar do momento ruim dos principais jogadores de frente, o Tricolor ainda é o segundo melhor ataque na competição, com 47 gols. Mesmo tendo marcado apenas cinco vezes nos últimos cinco jogos. "Às vezes o fato de mudar muito o time por causa das lesões e suspensões atrapalha", ponderou Michel Bastos. "Não acho que preocupa. Faz parte ficar um ou dois jogos sem marcar, mas claro que se continuar precisamos olhar com cuidado."