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Catar já sinaliza possibilidade de mudança para a Copa de 2022

Apesar de defender o Mundial no verão, país diz que acata alteração se for desejo da Fifa

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Por Redação
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SÃO PAULO - O Brasil sediará a Copa do Mundo pela segunda vez em 2014. Quatro anos depois, em 2018, será a vez de a Rússia receber o Mundial. E serão necessários mais quatro anos para que o maior evento de futebol do planeta finalmente chegue ao Catar. Mas a escolha do país do Oriente Médio suscita críticas desde o seu anúncio, em dezembro de 2010. Federações de futebol do mundo todo se mostram preocupadas com o calor que costuma fazer na região nos meses de junho e julho, período em que tradicionalmente acontece a Copa do Mundo. Por isso, nesta quarta-feira o Comitê Organizador da Copa no Catar sinalizou com a possibilidade de transferir o mundial para o inverno - dezembro ou, mas provavelmente, janeiro - se esse for o desejo da Fifa.Apesar de reiterar que está trabalhando no desenvolvimento de tecnologias de refrigeração para serem utilizadas nas arenas - o estádio do Al Sadd Sports Club, por exemplo, já possui um sistema de resfriamento -, o comitê se mostrou aberto à mudança de datas esta semana, garantindo que isso não alteraria o planejamento e a preparação do país para sediar a Copa do Mundo. O Catar, contudo, mantém a intenção de realizar o Mundial em seu período tradicional. "Nós concorremos para a Copa do Mundo da Fifa no verão porque vimos a oportunidade de apresentar soluções para jogadores e torcedores em nosso país, e outros com climas semelhantes, para desfrutar do ar livre em condições frescas, seguras e confortáveis nos meses de verão", informou o Comitê Organizador.POLÊMICAMesmo sendo desejo de várias federações pelo mundo, a mudança de datas divide opiniões. Na Inglaterra, o ministro dos esportes, Hugh Robertson, mostra-se favorável. "Creio que ninguém no mundo do futebol pense que um Mundial no Catar no verão seja uma opção sensata ou razoável", afirmou, fazendo referência aos 50ºC que chegam a fazer no país do Oriente Médio no período. Já na Suíça, o presidente da Federação Internacional de Esqui, Gian Franco Kasper, que também é membro do Comitê Olímpico Internacional, se diz contrário. "Seria justo que as federações esportivas se respeitassem. Se houver a mudança, se matariam não apenas os interesses comerciais para os Jogos de Inverno, como também o interesse do público", declarou. Além disso, a mudança do período da Copa afetaria inclusive o calendário do futebol europeu.

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