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CBF determina torcida única para Palmeiras x Flamengo; clube carioca quer portões fechados

Jogo no próximo domingo, no Allianz Parque, só terá a presença de alviverdes para atender recomendação do MP

Por Ciro Campos
Atualização:

O jogo do próximo domingo entre Palmeiras e Flamengo no Allianz Parque, pelo Campeonato Brasileiro, será de torcida única. A CBF acatou nesta sexta-feira a recomendação do Ministério Público (MP) de São Paulo de que a partida só tenha a presença de palmeirenses, por questões de segurança. O órgão alega que obteve com a Polícia Militar (PM) informações de brigas marcadas pela internet e emboscadas organizadas para atacar ônibus de flamenguistas.

Uma reunião na sede da CBF, no Rio de Janeiro, bateu o martelo sobre a medida, que é incomum no Brasileiro quando se trata de encontro de times de Estados diferentes. Em São Paulo, a torcida única existe desde 2016 mas apenas para clássicos entre clubes locais, independentemente da competição. No primeiro turno, no Maracanã, Flamengo e Palmeiras se encontraram em partida que teve a presença da torcida visitante.

Allianz Parque só terá a presença de torcedores do Palmeiras no próximo domingo Foto: Alex Silva/Estadão

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Nos últimos dias o Palmeiras abriu a venda de ingressos para o jogo de domingo, porém aguardava a definição da CBF sobre se poderia ou não comercializar bilhetes para os visitantes. Até o balanço divulgado na tarde desta quinta-feira, haviam sido vendidos 17 mil bilhetes.

Em nota oficial, o Flamengo lamentou a adoção da torcida única, ao considerar que se trata de um desequilíbrio no campeonato e criticou a interferência das autoridades na organização do Brasileirão. "A não permissão da convivência de rubro-negros e alviverdes decreta a falência da segurança pública e a morte da cultura de arquibancada do futebol brasileiro", diz o texto.

O clube carioca prometeu ainda encaminhar o assunto à Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e sugere que se o problema do jogo é de segurança pública, o mais adequado é que a partida não tenha público. "Se a Polícia Militar não se sente em condições de dar segurança a todos os envolvidos na partida, esta deveria ser realizada em outro local ou com portões fechados", afirma.

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