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Daniel Alves recebeu R$ 800 mil da família de Neymar para pagar redução de pena, diz site

Ex-jogador do São Paulo e do Barcelona foi condenado a 4 anos e 6 meses, na Espanha, por agressão sexual

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Por Redação
Atualização:

Ainda perto de completar um ano preso sob acusação de estuprar uma mulher de 23 anos, Daniel Alves pediu ajuda financeira e jurídica para a família de Neymar. Segundo o portal Uol, o pai do craque da seleção brasileira, Neymar da Silva Santos, depositou 150 mil euros (aproximadamente R$ 800 mil) ao ex-jogador do São Paulo e do Barcelona, que utilizou a quantia para reduzir a pena na Corte de Barcelona. O dinheiro serviu para indenizar a vítima. O atleta afirma que a relação foi consensual e alega inocência.

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O pai de Neymar teria afirmado ao comentarista e ex-jogador Emerson Sheik, da CNN, que a contribuição financeiro foi “ajuda a um amigo”. Daniel foi condenado, nesta quinta-feira, dia 22, a quatro anos e seis meses pelo crime. A decisão ainda pode ter recursos. Procurada pelo Estadão, novamente após a condenação, a assessoria de Neymar e do seu seu pai disse não ter “nada a declarar” sobre esse episódio.

O valor pago por Daniel Alves à Justiça da Espanha com o dinheiro transferido pela família de Neymar é referente a uma multa chamada de “atenuante de reparação de dano causado”. Assim, apesar do pedido máximo de 12 anos de prisão feito pelo Ministério Público da Espanha, conforme determina a lei, a pena máxima foi reduzida para seis anos. A advogada da denunciante contestou a redução máxima.

“Até o momento, a presunção de inocência é válida no mundo inteiro. Ou a gente participa de um pré-linchamento e julgamento público ou tentamos ajudar um amigo e deixamos a Justiça decidir o destino do Daniel”, teria dito o pai de Neymar a Emerson Sheik na ocasião.

Ainda de acordo com a publicação, o pagamento ocorreu em 9 de agosto do ano passado. Um comprovante da transferência do valor pela família de Neymar a Miraida Puentes, ex-advogada de Daniel Alves, serviu como prova. Procurada pelo site, ela não se manifestou sobre o assunto. Cristóbal Martell, que trabalhou na defesa do brasileiro ao lado de Miraida, também se recusou a comentar o caso. O jogador foi depois representado no processo por Inés Guardiola.

Daniel Alves com Neymar jogaram juntos no Barcelona, PSG e seleção brasileira.  Foto: Thibault Camus/AP

O Uol também informou na época que Daniel contou com o apoio jurídico de Gustavo Xisto, um dos representantes jurídicos mais antigos das empresas do pai de Neymar. O jogador constituiu o advogado como procurador em 28 de junho de 2023, mesmo dia em que Dinorah Santana, mãe dos filhos do atleta e até então sócia dele em alguns negócios, foi destituída da gestão do patrimônio de Daniel Alves. Procurado pelo Estadão, o advogado não se manifestou. Já Alves afirmou, em nota, que apenas Marcio Crociati e Mauricio Junior Hora são seus representantes legais no Brasil.

“Venho, por meio deste, esclarecer e informar oficialmente que o Escritório Crociati e Hora Sociedade de advogados, representados pelo Dr. Marcio Crociati e Dr. Mauricio Junior Hora são meus representantes legais no Brasil, encarregado de gerenciar e tratar de todos os assuntos que envolvam meus interesses, sejam eles profissionais, patrimoniais ou de qualquer outra natureza. Reforço a importância de que, para questões relacionadas a mim no território brasileiro, todas as comunicações e negociações devem ser encaminhadas e tratadas exclusivamente por eles. Esta declaração visa garantir transparência e correção nas informações e processos que me envolvem”, informou Daniel Alves em nota.

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Dinorah acionou a Justiça do Rio em agosto do ano passado cobrando de Daniel Alves R$ 13 milhões em pensão alimentícia. O jogador teve bloqueados R$ 7 milhões além de 30% do que recebia mensalmente do São Paulo pelo acordo de pagamento de salários atrasados.

O julgamento de Daniel ainda não tinha acontecido, mas já estava marcado para os dias 5, 6 e 7 de fevereiro desde ano. Além do pedido de 12 anos de reclusão, pena para crimes envolvendo agressão sexual na Espanha, o MP solicitou, ainda, dez anos de liberdade vigiada após o cumprimento da pena em cárcere, e que ele seja proibido de se aproximar da vítima, assim como de se comunicar com ela, pelo mesmo período. A pena foi então de quatro anos e seis meses.

Ao longo do período detido, Daniel Alves mudou sua versão sobre o caso por diversas vezes, trocou de defesa e teve três pedidos de liberdade provisória negados, com a Justiça citando risco de fuga.

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