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David Luiz, o verdadeiro capitão da seleção brasileira

Zagueiro se destaca por sua liderança e carisma e ofusca o papel de Thiago Silva como representante da seleção em campo

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Por Redação
Atualização:

Zagueiro de cabelos encaracolados que se impõe com atuações seguras, uma raça contagiante e um carisma fora do comum, David Luiz não leva no ombro a braçadeira de capitão da seleção. Mas, entre boa parte da comissão técnica da equipe, há um consenso: pelo espírito de liderança, ele exerce na prática o papel que pertence a Thiago Silva. Isso ficou mais claro ainda na disputa de pênaltis que definiu no Mineirão, contra o Chile, a vaga do Brasil nas quartas de final. Enquanto Thiago Silva desabava nos braços de Luiz Felipe Scolari e, aos prantos, pedia que não entrasse na lista inicial dos cobradores, David Luiz se ofereceu para ser o primeiro da fila. David converteu o pênalti. Naquele momento, ele não tinha nem condição de andar. Passou dias com fortes dores nas costas, entrou em campo sob efeito de uma injeção e completou 40 partidas pela equipe com outro triunfo - fez o primeiro gol com a camisa da seleção (no tempo normal, abriu o placar; depois, o Chile empatou). Como o assédio a Neymar foge à regra, o zagueiro é outro da seleção que cativa um número elevado de crianças e adolescentes. Não se cansa de atender pedidos de fotos e autógrafos. Faz a alegria de pais ao pegar bebês no colo e erguê-los como se fossem um troféu. O estilo brincalhão e afetuoso fora de campo muda quando está em ação pela seleção na Copa do Mundo. Orienta seus colegas, disputa as bolas com vigor e coragem e mantém uma regularidade que lhe rende elogios de todas as partes. Jornalistas de vários países credenciados para a cobertura do Mundial no Brasil apontam David Luiz como o melhor zagueiro da atualidade. A técnica, o respeito dos colegas e o espírito de liderança são requisitos que o levam a tomar atitudes que caberiam ao capitão da equipe. Naquela disputa de pênaltis, foi David Luiz quem logo abraçou um desolado Willian, após o meia desperdiçar a cobrança. Pouco depois, estendeu as mãos para levantar do gramado Neymar e Thiago, que choravam com a classificação. Cumprimentou um a um os jogadores da seleção e se aproximou da arquibancada para bater no peito como quem diz: 'contem comigo'.

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