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Dunga usa sua história para fortalecer o novo grupo da seleção

Treinador recorre ao que viveu nas Copas de 90 e 94 para motivar os jogadores derrotados no último Mundial, em solo brasileiro

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Por Gonçalo Junior
Atualização:

O técnico Dunga se inspirou em sua própria história para convencer os jogadores da seleção brasileira de que é possível superar o fracasso na Copa do Mundo. Ele acredita ser o melhor exemplo de superação neste momento. Na palestra aos jogadores, na noite de segunda-feira, seu primeiro contato com o grupo todo, o treinador lembrou que foi duramente criticado na Copa de 1990 e depois foi campeão do mundo em 1994. “Eu fui execrado na Copa de 90 e depois fui campeão do mundo”, disse Dunga, de acordo com o relato de um dos jogadores. Em 90, o Brasil foi eliminado pela Argentina nas oitavas de final. Antes do torneio, o então treinador Sebastião Lazaroni afirmou que sua equipe teria como símbolo um volante forte e vigoroso, alinhado ao padrão europeu de marcação: Dunga. O Brasil perdeu e o time ficou marcado como “era Dunga” de maneira negativa. 

Seleção Brasileira treina na FIU em Miami dia 02 de setembro para os amistoso contra a Colombia. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Quatro anos depois, ele deu a volta por cima e ergueu a taça nos Estados Unidos. Mas nunca se esqueceu da marca que carregou por quatro anos. A motivação emocional do grupo parece ser a prioridade de Dunga antes do jogo contra a Colômbia, amanhã, em Miami. O time titular já está definido. Ontem, ele manteve a equipe que havia escalado no primeiro dia de treinamentos com oito atletas que estavam no grupo de Felipão, entre eles, cinco titulares. Miranda, Filipe Luís e Diego Tardelli permaneceram como novidades. Por outro lado, o técnico manteve a preocupação com a intensidade e a marcação forte, privilegiando lançamentos e jogadas de velocidade. Contra a Colômbia, o Brasil deverá ficar menos tempo com a bola nos pés e partir rápido para a definição. “O Brasil tem uma história de toque de bola e isso é importante. Acho que teremos mais velocidade para ir para cima do adversário. Sempre vamos para cima”, diz o meia Oscar. “É importante saber variar o estilo de jogo. Em alguns momentos, vamos cadenciar. O importante é ter velocidade para surpreender o adversário”, disse o meia Willian, escalado como titular no primeiro treino. Outra mudança no estilo de jogo, reafirmada no segundo treino, foi a presença de atacantes que se movimentam constantemente, sem a referência na área, como era Fred. A mudança foi comemorada por Tardelli. “O Dunga pediu para eu jogar sem posição fixa, rodar o campo todo e mudar de posição com o Neymar. Isso é bom. É o estilo que eu gosto de jogar”, disse o atacante do Atlético-MG. Dunga aposta em um time experiente porque sabe que precisa vencer para resgatar a confiança do grupo e ter tranquilidade para trabalhar. No jogo contra o Equador, dia 9, deve dar chance aos mais novos. “Fica a expectativa de que todos possam ter oportunidade, e a gente espera poder colocar todos nos amistosos”, afirmou Dunga.

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