PUBLICIDADE

Publicidade

Escola de volantes do Corinthians é o segredo do sucesso

Diretoria tem priorizado setor no momento de se reforçar; hoje clube tem contrato com 15 atletas que atuam na função

Por João Prata
Atualização:

A força defensiva do Corinthians, tão elogiada ao longo do Campeonato Paulista, começa com a dupla de volantes. Desde que se reergueu após o rebaixamento de 2007, o clube se notabilizou pela força de seus dois marcadores de meio-campo.

Prova de que esse setor é prioridade na estratégia de o clube formar elenco é que o Corinthians tem atualmente contrato com 15 volantes e está prestes a anunciar mais um: Matheus Jesus foi aprovado nos exames médicos e deve ser oficializado ainda durante a semana. Desses, seis estão emprestados a outras equipes do País.

Ralf recupera forma,fôlego e espaço no time do Corinthians. Foto: Alex Silva/Estadão

PUBLICIDADE

Coincidência ou não, o Corinthians sofreu em campo no segundo semestre do ano passado quando o então técnico Jair Ventura não tinha dois bons volantes entre os titulares. A volta por cima na temporada e a sequência de bons jogos só vieram quando Carille deu sequência para Ralf e Junior Urso – que não atuou no domingo por estar machucado. “Estou mais feliz por fazer parte desse grupo, pela conquista, pelo campeonato que fizemos. Às vezes o time faz um bom torneio e não é campeão. Oscilamos em alguns jogos. Mas o importante é que conquistamos essa tríplice coroa estadual”, disse Ralf.

Seu companheiro neste início de ano, Junior Urso, se machucou no primeiro jogo da final e por isso não entrou em campo em Itaquera. Ramiro, que tem características um pouco diferentes, o substituiu.

Nos títulos que o Corinthians conquistou na década, sempre houve dois volantes de nome e, invariavelmente, com características parecidas. Um deles é sempre quase um terceiro zagueiro, fica mais no campo de defesa e cuida de anular a criação do adversário. O outro é de mais velocidade e tem como obrigação chegar ao ataque. 

Na Série B de 2008, Cristian e Elias começaram essa dinastia e conquistaram juntos o título da Segundona além do Paulista e da Copa do Brasil em 2009. Cristian deixou o clube no ano seguinte e foi substituído por Jucilei, hoje no São Paulo. Pouco depois Elias foi negociado com o Atlético de Madrid.

O clube se reestruturou e encontrou dois jogadores que viriam a fazer história com a camisa corintiana: Ralf e Paulinho. Com eles, o Corinthians faturou o Brasileiro (2011), a Libertadores e o Mundial de Clubes (2012), e também o Paulista (2013). Paulinho chegou à seleção brasileira e foi negociado com o Tottenham. Guilherme o substituiu e festejou a conquista da Recopa Sul-Americana.

Publicidade

Elias voltou após passagem apagada pelo futebol europeu e atuou ao lado de Ralf. Nesse período, o time também contou com volantes que não deram muito certo, mas que depois reforçariam os arquirrivais, como Petros, que foi para o São Paulo, e Bruno Henrique, campeão brasileiro no ano passado pelo Palmeiras. Cristian também retornou do Fenerbahçe, mas sem as atuações que marcaram a sua carreira na primeira passagem.

O início da caminhada rumo ao tricampeonato paulista deste ano, no entanto, se deu com dois novos volantes. Em 2017, o Corinthians trouxe Gabriel, que estava no Palmeiras, e revelou Maycon. Os dois levaram o clube ao bicampeonato.

Ralf retornou em 2018. No domingo, completou 405 jogos pelo clube e faturou seu oitavo título. Por todo esse período, nunca foi expulso. Na atual temporada foram 20 jogos sem ter levado único amarelo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.