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Esquema de segurança na final da Libertadores entre Fluminense e Boca será igual ao da Copa de 2014

Diretoria do clube carioca pediu paz para lideranças de torcidas e PM do Rio mobiliza 2.240 agentes para o duelo; nesta sexta, argentino é filmado cometendo racismo

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Por Redação
Atualização:

O comando da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro garante total segurança para a final da Copa Libertadores, entre Fluminense e Boca Juniors, neste sábado, às 17h, na cidade do Rio. Um contingente de 2.240 policiais está destacado somente para a decisão, uma repetição do esquema montado para a final da Copa do Mundo de 2014, entre Alemanha e Argentina.

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O coronel Marco Andrade, porta-voz da PM, confirmou que, por causa do fim de semana prolongado pelo feriado de finados, na quinta-feira, 7.300 policiais estão garantindo toda a segurança na cidade, “não só para a final do Maracanã, como para shows e também para a tranquilidade nas praias”. No sábado, serão armados 30 bloqueios num raio de dois quilômetros, com dois pontos de controle de torcedores para a revista. O acesso será permitido somente para quem tiver ingresso. As revistas visam evitar a entrada no estádio de objetos cortantes ou considerados perigosos.

O comandante minimizou os incidentes ocorridos nesta semana na cidade, especialmente os confrontos e brigas ocorridos na praia de Copacabana na quinta-feira e sexta. Houve, inclusive, prisões de torcedores. “Foram ações isoladas, que não representaram a grande maioria de pessoas que mantiveram a convivência pacífica. Estas brigas envolveram as torcidas organizadas e prendemos nove criminosos”, confirmou o policial, assegurando ainda que “nosso setor de inteligência está agindo nas praias e em outros pontos da cidade”.

Depois de confusão na quinta-feira, torcedores do Boca concentraram-se novamente na Praia de Copacabana nesta sexta, véspera da final. Foto: Pedro Kilos/Estadão

O policiamento ainda terá reforço das autoridades municipais. Segundo Breno Canevale, secretário municipal de ordem pública, todo pessoal responsável está atento para permitir que “cada cidadão possa se manifestar livremente, dentro da ordem e da paz, porque os casos de brigas são uma questão da polícia”.

Pacto com organizadas e pedido de paz

O Fluminense publicou uma nota que repudia violência entre torcidas. Segundo o texto, em reunião realizada no início da tarde da sexta-feira, o clube firmou um pacto com as principais lideranças das torcidas organizadas para evitar novos conflitos com torcedores do Boca Juniors.

“Acabei de fazer uma reunião com presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, e presidente do Boca, Jorge Amor Ameal. Amanhã é um dia de muita festa e alegria. É muito importante que a gente estabeleça um clima de paz, para que possamos estar no Maracanã fazendo uma linda festa do futebol”, disse o presidente do Fluminense, Mario Bittencourt.

Por causa do feriado, o setor de turismo do Rio estima a presença de 370 mil turistas na cidade, a grande maioria argentina. Seriam perto de 100 mil, embora a Conmebol tenha reservado 22 mil ingressos para os torcedores do Boca Juniors. Até o início da tarde desta sexta-feira, 42 ônibus tinham passado na fronteira entre os dois países, perto de dois mil torcedores que seriam, em sua maioria, das famosas organizadas do clube chamadas de ‘Barra Brava’.

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A previsão da Conmebol é receber no Maracanã um público perto de 60 mil torcedores. Cada clube recebeu 22 mil ingressos, ficando perto de 20 mil para a torcida mista nos setores leste e oeste, tanto nos anéis inferiores como superiores. Como é de costume, o setor sul será destinado à torcida do Fluminense, enquanto todo o setor norte será destinado à torcida do Boca Juniors.

A Conmebol reuniu dirigentes de ambos clubes em uma iniciativa para impedir mais atritos até o dia da decisão da Copa Libertadores, marcada para sábado, às 17h, no Maracanã. Houve indícios de que a partida poderia ser disputada sem torcida ou até mesmo adiada. Ambas as teses, no entanto, foram negadas pelo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, que também esteve no encontro, assim como representantes da Associação do Futebol Argentino (AFA).

Mais um caso de racismo

A bola ainda nem rolou para Fluminense x Boca Juniors e mais uma cena lamentável foi registrada no Rio. Um torcedor argentino, entrevistado pela imprensa de seu país no Rio, proferiu ofensas racistas contra brasileiros e a torcida do Fluminense. “Ontem eram famílias, mulheres... Quero ver encarar agora. Eles têm medo... Escravos, macacos de m...”, disse o homem para a TV.

O caso aconteceu na TV Todo Notícias (sigla TN). A repórter estava ao vivo entrevistando diversos torcedores argentinos na praia de Copacabana quando o homem, visivelmente alterado, cometeu o crime de racismo. Após o pronunciamento dele, é possível ver que a jornalista saiu de perto e há um comentário do estúdio. O homem não foi identificado. Confira abaixo:

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