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Maurício, dando a volta por cima

Por Agencia Estado
Atualização:

Durante a semana, o técnico do Corinthians, Wanderley Luxemburgo, fez o seguinte comentário sobre a reação do time no Campeonato Paulista, quando chegou à final depois de ocupar a penúltima colocação durante as primeiras rodadas. "Em minha carreira, eu nunca vi algo assim." Tal volta por cima tem uma personagem-chave: o goleiro Maurício. Assim como a equipe, ele superou diversas dificuldades para ganhar a confiança da comissão técnica, dos dirigentes e dos exigentes - e nem sempre compreensivos - torcedores para firmar-se como titular. Aos 30 anos, seis dos quais trabalhando no Parque São Jorge, com participação em 126 jogos, Maurício Assoline se diz, pela primeira vez, seguro na posição. "Passei por momentos complicados, mas agora me sinto forte e confiante", afirmou. Se não tomar um gol na partida deste domingo e do próximo, o marido de Luzia Regina Assoline, com quem teve Gabriela, de 9 anos, e Geovana, de 6, garante o 24º título do Campeonato Paulista para o Corinthians. Seus agradecimentos têm um destinatário único: Luxemburgo. O goleiro afirma que o treinador sempre o prestigiou, desde 1999, quando conquistou o título paulista. Porém, reconhece que sempre carregou uma certa desconfiança dos treinadores que o sucederam. "Não sei por qual razão, mas depois trouxeram o Dida. Já o Dario (Pereyra), quando assumiu, pediu a contratação do Gléguer. Foi difícil", revelou. "Mas nesse período aprendi, além de ter paciência, que nada supera o trabalho e a dedicação." Hoje, Maurício é um dos homens de confiança do técnico. Ao lado do meia Ricardinho, coube a ele carregar o polêmico ponto eletrônico nas semifinais contra o Santos. Maurício chegou ao Corinthians em 1995, indicado pelo ex-goleiro Ronaldo e pelo preparador Agnaldo. Na época, estava em Novo Horizonte, sua cidade natal, onde jogava no finado Novorizontino. Em 1990, chegou a ser convocado por Falcão para a seleção brasileira. "Não joguei. Ele (Falcão) queria me dar vivência para defender a equipe sub-23", disse. Mas o sonho de voltar não é encarado como algo impossível. A idéia de Emerson Leão de revezar os goleiros dá esperanças ao corintiano.

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