A Copa do Mundo do Catar chega ao fim. O tricampeonato da Argentina foi a consolidação de Messi no futebol e encerrou uma sequência de 64 jogos em 28 dias, com momentos e jogadores marcantes. Foram 168 gols marcados e 680 jogadores utilizados pelas 32 seleções.
Em celebração a esse dia, os leitores do Estadão, por meio de votação no Twitter, elegeram a equipe, o treinador e a revelação do Mundial. Sensação do torneio, Marrocos emplacou seis nomes na seleção após terminar na quarta posição da Copa. Finalistas, Argentina e França tiveram, somados, cinco jogadores. A formação escolhida foi a 4-4-2.
Goleiro - Yassine Bounou
No Catar, diversos goleiros se destacaram. Livakovic, Martínez, Lloris e Szczesny, mas um jogador se sobressaiu. Yassine Bounou, ou simplesmente conhecido por Bono, foi um dos principais nomes da seleção marroquina neste ano. Na partida das oitavas, defendeu duas cobranças nas disputas de penalidades contra a Espanha.
Até a semifinal, Bono havia sido vazado em apenas uma partida, contra o Canadá, ainda pela fase de grupos. Foram oito defesas em seis jogos, sendo duas consideradas difíceis. Goleiro do Sevilla, ele termina o Mundial como um dos principais nomes da competição.
Lateral-direito - Achraf Hakimi
Além de Bono, o setor defensivo de Marrocos foi destaque no Mundial e Hakimi, lateral-direito do Paris Saint-Germain, é um dos principais nomes da equipe. Influente na defesa e no ataque, principalmente pelas laterais do campo, o jogador teve média de 40 passes trocados por jogo e foi o atleta com o maior número de desarmes - 18.
Zagueiros - Romain Saïss e Joško Gvardiol
Dois zagueiros se sobressaíram diantes dos demais nesta Copa: Saïss, de Marrocos, e Gvardiol, da Croácia, foram pilares de suas seleções. Somados, tiveram 15 desarmes nesta Copa e são nomes cotados para a próxima janela de transferências do futebol europeu. Gvardiol, apesar da semifinal, é veiculado para se transferir do RB Leipzig para a Premier League. Saïss já teve passagens pelo Wolverhampton, mas hoje defende o Besiktas, da Turquia.
Lateral-esquerdo - Theo Hernández
Decisivo para a França na semifinal, Theo Hernández não começou a Copa como titular da equipe. Ele assume a posição após a lesão de Lucas, seu irmão e um dos destaques da seleção em 2018. Em sete jogos, marcou um gol e deu duas assistências. Foi também um dos jogadores que mais apoiou o ataque francês, com sete cruzamentos em sete jogos.
Volantes - Sofyan Amrabat e Aurélien Tchouaméni
Dois nomes jovens - e revelações da Copa - foram destaques como volantes nesta Copa: Amrabat e Tchouaméni. Hoje na Fiorentina, o marroquino de 26 anos já é especulado no Tottenham para a próxima temporada e foi um dos principais jogadores do Mundial, não só em sua posição. Tchouaméni, ainda mais jovem, com 22 anos, retorna ao Real Madrid após a Copa como um importante nome para Ancelotti.
Meio-campo - Luka Modric e Antoine Griezmann
No meio-campo, uma dupla que encantou o mundo há quatro anos: Modric e Griezmann, finalistas em 2018. No Catar, mostraram a evolução do último ciclo, apesar da idade avançada. Em sua última Copa, Modric ajudou a levar a Croácia à terceira colocação, após o vice-campeonato na Rússia.
Griezmann, por sua vez, se reinventou em 2022, deixando a posição de ataque e atuando como uma meia, atrás de Mbappé e Giroud. Com três assistências, foi um dos garçons da Copa neste ano.
Atacantes - Lionel Messi e Mbappé
Os dois principais nomes e camisas 10 da final e da Copa do Mundo: Messi e Mbappé. O argentino foi o grande destaque desta Copa, liderando as estatísticas em gols e assistências. Com o primeiro gol na decisão, Messi igualou Pelé com 12 tentos em Mundiais e se tornou o primeiro jogador a marcar em todas as fases da Copa - fase de grupos, oitavas, quartas, semi e final.
Mbappé foi mais discreto na decisão no primeiro tempo, mas foi decisivo na reta final, com dois gols para empatar a partida. Aos 23 anos, ele já é um dos principais nomes do futebol mundial e a estrela do PSG. São nove gols em duas Copas (quatro em 2018 e cinco em 2022).
Revelação - Azzedine Ounahi
Em outro esquema tático, com três homens no meio-campo, Ounahi seria escolhido para a seleção da Copa. Aos 22 anos, ele foi uma das revelações de Marrocos e terminou à frente de outros nomes na votação, como Julián Álvarez e Bellingham. Foram 200 passes trocados em sete jogos. Seu desempenho encantou o técnico Luis Enrique na partida contra a Espanha.
Técnico - Walid Regragui
O sucesso de Marrocos começa, inicialmente, no comando técnico. Walid Regragui é um dos grandes nomes desta Copa. Aos 47 anos, o treinador assumiu a seleção em agosto, após a demissão do bósnio Vahid Halilhodži, que ficou marcado por uma passagem problemática na equipe africana: nos últimos anos, ele deixou fora das convocações jogadores importantes, como Ziyech.
Em menos de quatro meses no comando, Regragui alcançou, com Marrocos, o melhor resultado de uma seleção africana em Copas.