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Palmeiras leva dinheiro na venda de Love

Por Agencia Estado
Atualização:

Mustafá Contursi está de saída do Palmeiras, após 12 anos na presidência. O dirigente vinha se recusando a comentar o momento político do clube, que elegerá novo comandante no domingo - Afonso Della Monica, da situação, deve ser o escolhido na votação contra Seraphim Del Grande, da oposição. Mas nesta sexta-feira ele resolveu fazer um balanço de sua administração e, inevitavelmente, teve de opinar sobre a polêmica transferência do atacante Vágner Love para o rival Corinthians, depois de passar pelo CSKA, da Rússia. "A obrigação dele é fazer gols. Espero que ele faça, mesmo, e seja feliz", afirmou Mustafá. Na visão do dirigente, sócio do Palmeiras desde 1951 e em vários cargos de comando desde 1959, a volta de Vágner Love será benéfica para o futebol brasileiro e para o próprio clube do Palestra Itália. "Estamos ansiosos, porque temos direito a uma porcentagem importante na negociação", disse o presidente - a participação palmeirense está em torno de 10 % a 20%, em caso de venda. Mustafá não se abalou nem com as declarações de Vágner Love, de que "se fizer um gol no Palmeiras, vai comemorar, mesmo". Para o presidente, é uma forma do jogador se afirmar. "Ele precisa dizer essas coisas para conquistar espaço no novo clube", comentou. "Não há insulto, ele esteve nos visitando, esta semana, conversamos num clima amistoso." Despedida - A explicação de Mustafá para deixar o cargo está na própria história do clube: não quer ser presidente por mais tempo do que Delfino Facchina - na sua opinião, "o melhor que o Palmeiras já teve" -, cujo primeiro mandato foi entre 1959 e 1971. Mas Mustafá não sairá de cena. Garante que não vai interferir na nova administração, pois Della Monica tem um estilo diferente de comandar - "ele é mais organizado e metódico do que eu", confessou. Porém, mantém os cargos de sócio grão-benemérito e de membro vitalício do Conselho de Orientação e Fiscalização. "Não vou me furtar às minhas atribuições", avisou.

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