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Torcida alagoana reverencia Zagallo

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Por Agencia Estado
Atualização:

O entusiasmo na capital de Alagoas pela presença da seleção brasileira pôde ser medido pela recepção a um dos maiores ídolos do futebol do País, nesta segunda-feira à tarde, pouco antes do início do treino da equipe, no Rei Pelé, reformado para a partida de quarta-feira, entre Brasil e Colômbia. Havia um alvoroço no local, onde mais de 11 mil pessoas se aglomeravam para ver os craques. Às 15h30, um grito que começou contido, mas logo tomou conta do estádio, podia ser ouvido do lado de fora. Milhares de torcedores, jovens em sua maioria, aplaudiam e chamavam em coro pelo tetracampeão mundial Zagallo. O coordenador-técnico da seleção nasceu em Maceió e estava, naquele momento, entrando em campo, acompanhado apenas por outros colegas da comissão técnica da seleção. Zagallo se emocionou. Olhou para a arquibancada mais próxima e levantou os braços como se estivesse comemorando um gol. A resposta foi mais efusiva ainda. E o nome Zagallo passou a ecoar por todo o Rei Pelé. Crianças e adolescentes, ainda na expectativa de ver Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho, entre outros, deixavam ali, por um instante, um registro que certamente marcou a passagem de Zagallo por Maceió. Por iniciativa do governo do Estado, os torcedores que quisessem ver o treino deveriam levar uma lata de leite em pó. O que fosse arrecadado seria destinado a instituições de caridade. Ao redor do estádio havia centenas de bandeiras nas cores vermelha e azul. Nenhuma relação com o verde-amarelo da seleção brasileira. O motivo era simples: cabos eleitorais dos candidatos a prefeito de Maceió aproveitavam a presença da imprensa e do grande público para fazer campanha. Cícero Almeida (PDT) e Alberto Sexta-Feira (PSB) disputam a eleição em segundo turno. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tem tomado cuidado para que não haja exploração política de nenhuma das duas candidaturas junto aos jogadores da seleção. Quer evitar assim a exposição e as críticas que sofreu durante a campanha presidencial de 2002, quando, num amistoso em Fortaleza, alguns atletas e o treinador Luiz Felipe Scolari, hoje na seleção de Portugal, posaram para fotografias com o então candidato à Presidência da República, Ciro Gomes, atualmente ministro da Integração Nacional do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Vários eventos estão sendo programados para a cidade de Maceió, com caráter político, mas a ordem da CBF é de que não haja envolvimento de atletas. KAKÁ - A euforia com a seleção é grande em Maceió. Mas poderia ser maior se o meia do Milan estivesse no grupo. Ele foi dispensado após o jogo com a Venezuela, por ter recebido o segundo cartão amarelo, o que lhe deixou fora da partida de quarta. Perto do hotel da delegação brasileira há sempre muitos torcedores em busca de autógrafos ou de algum contato com os jogadores. E várias meninas que lamentam a ausência de Kaká. Na esperança de ver de perto os atletas, torcedores tentam escalar o muro lateral do Hotel Ritz, em frente à Praia de Cruz das Almas. Nesta segunda-feira, houve um reforço de seguranças no local. Eles até chegavam a ser bruscos para evitar que alguém invadisse o hotel. Barracas e quiosques na praia, em frente ao hotel, têm aumentado consideravelmente o movimento. Alguns banhistas ficam de costas para o lindo litoral de Maceió, na tentativa de receber o aceno de algum jogador, da janela do hotel.

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