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Alíquota de importação do aço pode cair

Governo voltou a estudar isentar tarifas de importação de aço para conter o impacto da alta do preço do produto na inflação. Minério que já está 10% mais caro 10% desde abril, pode sofrer novo reajuste de 10%

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Por Redação
Atualização:

O governo federal voltou a estudar isentar tarifas de importação de aço para conter o impacto da alta do preço do produto na inflação. Depois de elevar os preços entre 10% e 15% em abril, as siderúrgicas negociam com os clientes um novo reajuste de 10% para junho ou julho. A justificativa é o aumento do preço do minério de ferro promovido pela Vale. A mineradora dobrou os preços do produto em abril e vai aplicar mais um aumento de 35% a partir de julho. O aço é um insumo importante na produção de bens como veículos, eletrodomésticos e para a construção civil. Com a isenção das tarifas, o preço desses produtos - que já estão em alta - pode ser contido, evitando que contribuam com a alta da inflação. Segundo uma alta fonte do governo Lula, setores da administração tentarão incluir o tema na próxima reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que deve ocorrer na primeira quinzena deste mês. A avaliação do governo é que as siderúrgicas teriam espaço para absorver parte dos reajustes do minério. O governo está preocupado com a inflação. Os analistas ouvidos pelo boletim Focus do Banco Central (BC) projetam que o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) vai subir 5,7% este ano, acima da meta de 4,5%. A inflação maior levou o BC a iniciar um ciclo de aumento de juros. Fabricantes de automóveis e eletrodomésticos e empresários do setor de construção civil se queixam que as cotações de aço estão em queda no mercado externo, porém sobem no País.

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