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Futebol: bastidores e opinião

A falência dos campeonatos estaduais

Campeonatos Estaduais há muito tempo perderam o encanto. Servem como tábua de salvação dos clubes pequenos e de pré-temporada de verão aos grandes. A maioria deles tem formatos esdrúxulos. São pouco atraentes e já não revelam craques como no passado remoto. Não fosse pelas generosas cotas de televisão trariam um prejuízo rotundo aos clubes. E não acrescentam quase nada na parte técnica.

Por Luiz Prosperi
Atualização:

A média de público, entre o Paulistão, Carioca, Mineiro, Gaúcho, entre outros, não vai além dos 5 mil torcedores por jogo. A torcida só aparece para valer nos clássicos, assim mesmo acanhada ou intimidada pelas facções organizadas. É o medo da violência.

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Sem saída e reféns das federações estaduais, os clubes fazem de tudo para atrair os torcedores.  Engatam promoções de ingressos, sorteios, brindes... Lançam na mídia que têm como prioridade levantar a taça. Engam os abnegados das arquibancadas. E não conseguem lotar suas arenas.

A CBF, dona absoluta do futebol brasileiro, se finge de morta e não se impõe diante dos presidentes de federações - eles dão votos. Fosse uma entidade séria, há muito já teria promovido uma mudança drástica no calendário enxugando os estaduais para, no máximo, dois meses.

Uma saída seria inchar os Estaduais com até 32 clubes, por exemplo, mas no formato de disputa da Copa do Mundo - grupos, sedes, e mata-mata nas fases decisivas. Os jogos seriam disputados em bons estádios e as espeluncas espalhadas pelo Interior seriam apenas campos de treinamentos.

Essa história de que os times pequenos têm de jogar em seus estádios já não cola. Na maioria dos jogos, as arquibancadas ficam às moscas. Nem mesmo quando recebem um grande o estádio enche.

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O futebol vive de dinheiro, infelizmente. Campeonatos que dão prejuízos têm de ser reformulados para gerar lucros. Por enquanto, a televisão paga a conta. Quando essa receita diminuir, os Estaduais serão extintos.

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