Vamos ao São Paulo. Diante de um adversário frágil (Atlético-GO), saiu na frente duas vezes e levou o empate. Os gols sofridos nasceram de erros absurdos da zaga formada por Xandão e Rhodolfo, com expressiva colaboração de Juan e Jean.
Não é de hoje que a defesa é o ponto fraco do São Paulo. A casa caiu desde que Miranda, mesmo antes de ser vendido ao Atlético de Madrid, perdeu a vontade de jogar pelo time paulista e Alex Silva se desentendeu com o presidente Juvenal Juvêncio.
Sem uma boa defesa, pode trocar de técnico quantas vezes for que não vai ter jeito. E, para complicar, os reforços contratados não contemplam o sistema defensivo. Os garotos da base, Bruno Uvini e Luís Eduardo, também não vão segurar o rojão.
O Corinthians, até então quase perfeito e com sobras, precisa urgente de bons reservas para Ralf e Paulinho, sem falar de boas peças para o ataque.
Os dois volantes são o ponto de equilíbrio do time. Mas eles não são máquinas. Não conseguem jogar todas as partidas com a mesma intensidade. Por isso a necessidade de boas peças de reposição.
Sem Liedson, a referência, não se pode apostar tudo em Emerson Sheik. Há muito tempo este atacante perdeu o faro dos gols. Isso é fatal para um 9. É preciso também um bom reserva para Willian, único atacante de velocidade no grupo de Tite. Quando Willian joga mal, como ontem, falta alguém no banco. A derrota para o Cruzeiro expôs essas feridas no Corinthians.
E o Palmeiras mais uma vez ficou devendo fora de casa. O forte do time de Felipão é a aplicação e a consistência da defesa. Quando este setor não funciona, a casa vira uma bagunça. Maurício Ramos e Thiago Heleno, pesados, não combinam. É preciso um zagueiro mais leve, de velocidade. Talvez a entrada de Henrique possa dar certo.
Outro problema é a lateral esquerda. Rivaldo, já está provado, não tem cacife para segurar a posição. E o reforço Gerley é uma incógnita. Por aquele setor, o Fluminense construiu a sua vitória ontem. Outra deficiência é a criação. Vai faltar alguém ao lado de Valdivia, que voltou apagado ontem. Marcos Assunção não é esta peça e Luan, muito menos.
Os três times paulistas podem ir longe no Brasileirão se sanarem essas deficiências.
(coluna publicada no Jornal da Tarde de 25/07/2011)