Não seria mais interessante bater pesado em que imaginou essa ridícula fórmula de disputa do Campeonato Paulista? O regulamento é tão obscuro que até os mais fanáticos pelos Estaduais não encontram argumentos para defender a causa da Federação Paulista, mentora do campeonato com a extrema cumplicidade dos clubes. Não por acaso, a média de público beira aos 5 mil pagantes por jogo.
Apesar da mediocridade quase geral, vale ressaltar algumas novidades como Jadson no Corinthians e esse garoto Luciano, com ambição de craque. A reinvenção do Palmeiras, mesmo diante da burocracia de Gilson Kleina e sua prancheta da aplicação. Alguns repentes de Ganso e a volta da eficiência de Luis Fabiano. E, melhor, o apetite goleador do Santos de Oswaldo de Oliveira.
São pratos quentes servidos na mesa fria do Paulistão que não alimenta a fome dos torcedores, ávidos por novidades no futebol e já descrentes de que um dia a violência, racismo e a desorganização possam ser erradicadas dos estádios.
Quando este domingo acabar é bem provável que a discussão da entrega do jogo ou não por parte do São Paulo tenha se esfarelado. Não há quem suporte tamanha falta de assunto. O futebol merece um tratamento mais sério.
Que tal se debruçar nos jogos da Liga dos Campeões da Europa, como na quarta-feira quando o Camp Nou deu um show de apego ao jogo de bola recompensado pelo que mostraram Barcelona e Manchester City.