Enquanto isso, José Maria Marin, que herdou de Ricardo Teixeira o poder na CBF, continua agindo sem nenhum constrangimento para eleger Del Nero em 2014. A favor de Marin o caixa forte da CBF. Político e velha raposa do futebol, ele sabe que para conseguir apoio basta abrir o cofre. E assim tem feito.
Marin aumentou a cota mensal que distribui às 27 federações estaduais, todas com poder de voto, e também não perde nenhuma oportunidade de cortejar os cartolas com convites para eventos da CBF. Vai levar os 27 presidentes, com tudo pago, para o sorteio dos grupos e tabela da Copa do Mundo de 2014, em dezembro, na paradisíaca Costa do Sauipe na Bahia.
Dos clubes da Série A, também com poder de voto nas eleições da CBF, a maioria parece inclinada a votar em Del Nero. Não há um movimento entre os presidentes dos clubes para romper com Marin. Alexandre Kalil, fortalecido com o título da Libertadores conquistado pelo Atlético-MG, está do lado de Marin e não será surpresa se virar vice de Del Nero.
Andrés Sanchez ainda tem chance de reverter o quadro se conseguir o apoio dos jogadores do Bom Senso FC. Se os atletas engajarem de fato na campanha do ex-presidente do Corinthians, a terra pode tremer no futebol brasileiro. Mas o Bom Senso não parece disposto a subverter a ordem.