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Rayssa Leal vence Super Crown e se torna campeã mundial de skate aos 14 anos

Medalhista de prata em Tóquio-2020 supera rivais e conquista pela primeira vez o título da temporada; Fadinha já havia vencido as três etapas anteriores da SLS

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Foto do author Marcio Dolzan
Por Marcio Dolzan
Atualização:

O mundo do skate é um conto... de Fadinha. Neste domingo, Rayssa Leal deixou para trás as quedas e uma dor de abdômen para, aos 14 anos, se sagrar campeã mundial de skate. O título veio após ela superar outras sete atletas e realizar uma última manobra espetacular no Super Crown, disputado na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra.

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Rayssa conseguiu um 7.4, a melhor nota do dia, em sua última manobra, mas o título só foi confirmado após segundos intermináveis de expectativa. Isso porque era preciso saber a nota de Funa Nakayama, que liderava a disputa e faria o último salto. A japonesa fez uma manobra perfeita, mas para os jurados não tanto quanto a de Rayssa dois minutos antes.

Com a vitória no Rio, Rayssa Leal coroa uma campanha impecável. Ela venceu todas as quatro etapas do Mundial de Skate Street na temporada - além da final, foi campeã em Jacksonville, Seattle e Las Vegas.

Líder do ranking mundial, Rayssa Leal foi para a final do Super Crown de forma direta. Foto: Bruna Prado/AP Photo

SUPER CROWN

Neste domingo, o público brasileiro tinha três atletas por quem torcer - Gabi Mazetto, que garantiu vaga à final no sábado -, a bicampeã do mundo Pâmela Rosa e, claro, a xodó Rayssa Leal, vencedora das três etapas anteriores da SLS.

Gabi fez apresentações seguras, com poucos erros, mas sem manobras capazes de lhe colocar entre as primeiras. Pâmela, por sua vez, demonstrou logo nas primeiras manobras por que é uma das melhores skatistas do mundo já há algum tempo. Rápida em cima do skate, ela buscou explorar ao máximo os obstáculos na pista montada na Arena Carioca 1 na primeira parte da disputa, que tem exibição cronometrada.

Competitiva, Pâmela se sentiu prejudicada ainda na primeira exibição; prestes a finalizar sua volta, ela fez sinal para duas pessoas do staff da SLS que estavam no fundo da pista abrirem espaço, mas acabou usando a outra ponta. Na sequência, ela caiu.

O susto maior, contudo, viria minutos mais tarde. Após fazer a volta de maior nota entre as oito competidoras, Rayssa partia para sua segunda volta quando parou e se agachou na pista com dores no abdômen. O ginásio inteiro ficou em silêncio. A skatista foi avaliada por um médico da SLS e liberada na sequência para voltar a competir.

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SUPER FINAL

O regulamento do Super Crown previa que apenas as quatro primeiras colocadas iriam para a disputa do título, com duas tentativas adicionais. Rayssa foi a única brasileira, com o terceiro melhor desempenho até então.

O problema que se avizinhou é que ela foi para a decisão cinco décimos atrás de Funa Nakayama, a japonesa de melhor nota até então. Rayssa caiu em sua primeira tentativa - as demais, também. Na última tentativa, ela conseguiu a melhor nota do dia e fez a festa da torcida.

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