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Sem reserva para meia, Mano pede superação

Time não terá os canhotos Douglas e Saci e luta contra futebol feio

Por Fábio Hecico
Atualização:

A diretoria do Corinthians se gabou de ter contratado as peças corretas para a disputa do Campeonato Paulista, de ter feito um bom planejamento para 2009 e de ter iniciado uma pré-temporada bem antes dos demais concorrentes. Tudo ia às mil maravilhas, até que Douglas se machucou. Hoje, pela terceira rodada seguida, o time entra em campo sem seu principal armador. Diante do Oeste, às 17 horas, no Pacaembu, o torcedor verá uma equipe sem um meia canhoto, cheia de improvisações e que se apega ao discurso de superação para justificar a falta de bom futebol. "Toda a preparação da pré-temporada foi bastante prejudicada por causa das lesões", exagera o técnico Mano Menezes, lamentando as ausências de Douglas, Jorge Henrique e Wellington Saci, reserva que vinha quebrando o galho na vaga do camisa 10. Sem um canhoto, o meio-campo será improvisado, o que causa pavor. "Realmente temos um temor de que o time jogue muito pela direita amanhã (hoje). Já foi assim no segundo tempo diante do Barueri, o André Santos (lateral-esquerdo) jogou isolado." A responsabilidade de servir Otacílio Neto e Souza ficará a cargo de Lulinha e, possivelmente, de Diogo - Eduardo Ramos é o outro candidato a uma das duas vagas. O problema é que Lulinha não vem rendendo bem na direita, sua posição de origem, e Diogo não faz um jogo inteiro no meio-de-campo há quase um ano. "Desde o Estadual de 2008 pelo Sport, no qual fiz alguns jogos", não esconde o tímido sergipano que chegou ao Parque São Jorge em setembro e ainda não atuou todos os 90 minutos de uma partida. "Vale a superação", segue o jogador, que busca energia extra na feijoada do tio Zezinho, seu anjo da guarda na "gigante e com trânsito maluco" São Paulo, como frisa o jogador, ansioso por ouvir de Mano Menezes que será titular. "Ainda tenho dúvidas. Vamos primeiro ver como jogará o Oeste", esclarece o treinador, que também estuda a possibilidade de usar Eduardo Ramos. "O problema é que ele não fez bem a função nos jogos que entrou (Bragantino e Botafogo). Por outro lado, tem facilidade para jogar pela esquerda." Para não ficar limitado a Otacílio Neto e Souza, Mano terá, enfim, um atacante na reserva. O jovem Marcelinho, de 18 anos, promovido aos profissionais na quinta-feira, será opção. Jorge Henrique, ainda machucado, deve voltar só quarta-feira, em Jundiaí, contra o Paulista. Desespero, problemas... E, ainda assim, a chance de dormir na liderança. É o que trará, hoje, uma vitória.

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