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Surpreso, Gatlin demite técnico acusado de tentar vender substâncias proibidas

Velocista tinha parceria de longa data com Dennis Mitchell; ambos têm histórico com problemas de doping

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Por Redação
Atualização:

O velocista norte-americano Justin Gatlin demitiu o técnico Dennis Mitchell nesta terça-feira após denúncia publicada pelo jornal inglês The Daily Telegraph. Segundo a denúncia, o treinador teria tentado vender substâncias proibidas aos repórteres do periódico, que estavam disfarçados.

Nas redes sociais, o atual campeão mundial dos 100 metros se disse "surpreso e chocado" com a revelação. "Estou surpreso e chocado por saber que meu técnico tenha qualquer relação com estas acusações. Eu o demiti assim que fiquei sabendo desta denúncia", garantiu o atleta.

Gatlin já foi pego no antidoping duas vezes. Foto: Phil Noble / Reuters

Pela denúncia do jornal britânico, os repórteres tentaram comprar substâncias proibidas para um ator. Mitchell e Robert Wagner, empresário do técnico, teriam oferecido testosterona e hormônio de crescimento humano para ajudar o ator em um suposto treino físico. Eles teriam cobrado US$ 250 mil (cerca de R$ 822 mil).

Segundo o jornal, o fato levanta suspeitas sobre o trabalho de Mitchell com Gatlin, que tem longo histórico de doping no esporte. O velocista já sofreu duas punições por doping, a última delas com suspensão de oito anos, posteriormente reduzida para apenas quatro. Seu treinador também tem histórico de doping como atleta.

"Todas as opções de ação legal estão na mesa porque eu não vou permitir que outras pessoas mintam sobre mim deste jeito", declarou Gatlin. Ele se refere a supostas declarações que o treinador teria feito sobre o consumo de substâncias proibidas por parte do velocista.

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A denúncia já repercutiu diante das entidades responsáveis por fiscalizar os atletas. A Unidade de Integridade do Atletismo afirmou que vai investigar a denúncia. O Comitê Olímpico Internacional (COI) disse que a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) deve cuidar do assunto. E o presidente da IAAF, Sebastian Coe, disse que as alegações são extremamente sérias.

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