Pois é.
O surfe ainda nem estreou oficialmente como esporte olímpico.
Mas a 2ª edição do esporte nos jogos já deu... digamos, uma certa polêmica.
Tudo por causa da escolha do Tahiti - na Polinésia Francesa - como palco das disputas.
A mais de 15 mil quilômetros de distância de Paris, palco da Olimpíada de 2024.
No mês passado, o comitê organizador afirmou que Teahupoo seria o local, mas o Conselho Executivo do COI ainda precisava aprovar oficialmente.
Mas o presidente da entidade, Thomas Bach, estava preocupado.
Afinal, o local é remoto e isolado, o que exigiu uma consideração especial dos dirigentes.
Quatro outras cidades francesas com tradição no surfe - incluindo Hossegor e Biarritz - estavam entre as cotadas, mas a atração do Pacífico Sul provou ser irresistível.
A ideia é que os atletas surfem durante a primeira semana do calendário dos Jogos, para depois terem a oportunidade de aproveitar a Vila Olímpica de Paris, além de passear na Cerimônia de Encerramento.
Em termos de logística, foi relatado que o plano atual é trazer moradias modulares temporárias para formar uma 'Vila dos Atletas' para os surfistas.
Essas instalações seriam então desmontadas após o término do evento e usadas em outras partes do país como habitação social.
Outra preocupação é que haja colaboração com as partes interessadas e as autoridades para garantir que a comunidade local seja bem cuidada e promovida adequadamente.
"Para o surfe, Teahupoo é um lugar sagrado, rico em história e tradição, oferecendo uma experiência verdadeiramente autêntica, homenageando a cultura e a herança do esporte", declarou Fernando Aguerre, presidente da International Surfing Association.
E completou: "O Tahiti como sede olímpica é um testemunho do espírito de criatividade e inovação de Paris 2024. O surfe é um esporte para a nova era dos jogos e essa abordagem demonstra como nossos valores estão alinhados. O local se encaixa perfeitamente na visão de Paris 2024, fortalecerá a natureza espetacular do projeto, mostrando ao mundo algumas imagens extraordinárias não apenas da própria disciplina, mas também da França".
Opinião do redator: não gostei! A frança tem um litoral maravilhoso e cheio de altas ondas.
Não seria preciso se distanciar tanto do cenário principal.
A competição, é claro, vai ser intensa e maravilhosa.
Mas o tal do 'espírito olímpico' pode se dissipar no longo trajeto entra a 'Cidade Luz' e o 'Pico dos Crânios Quebrados'.
Vale lembrar:
Em 2018, Michel Bourez - principal surfista taitiano da atualidade - passou a representar a bandeira francesa no circuito mundial da WSL.
Garantiu uma das vagas para Tóquio-2020 e vai defender as cores do país ao lado de Jeremy Flores.
Em tempo: Gabriel Medina é mestre nessa onda.
Já fez 5 finais por lá, vencendo duas.
por @thiago_blum