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Em Interlagos, Mick Schumacher corre onde o pai brilhou e quer construir a sua história na F-1

Jovem piloto da Haas correrá pela primeira vez em São Paulo, onde seu pai, Michael, é o maior vencedor

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Foto do author Ricardo Magatti
Por Ricardo Magatti
Atualização:

Mick Schumacher corre deste sexta-feira em uma pista onde seu pai, Michael, se acostumou a ganhar. Antes de fazer sua estreia no Autódromo de Interlagos como piloto da Fórmula 1, o jovem da Haas de 22 anos citou as memórias que tem das corridas de seu pai no Brasil. O ex-piloto da Ferrari é até hoje quem mais venceu em São Paulo.

"Acho que a primeira recordação que me vem à mente é a última corrida que ele fez, que foi aqui em 2012. E me lembro que também houve uma batalha com Kimi (Raikkonen)", afirmou Mick, em resposta ao Estadão sobre as lembranças que tem de seu pai no GP de São Paulo, chamado de GP do Brasil até 2019. 

Mick Schumacher se recorda de despedida do pai no Brasil e quer construir a sua história na F-1. Foto: Rudy Carezzevoli/AFP

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"Acho que aquela corrida é a que eu mais me lembro. Obviamente, estar aqui e agora fazer minha própria trajetória aqui é muito especial", acrescentou Mick, que busca seus primeiros pontos nesta temporada. Aquela prova, em 2012, marcou a segunda e última despedida de Michael Schumacher da Fórmula 1. Mick tinha 13 anos quando assistiu àquela prova.

Mick nasceu em março de 1999. Portanto, se lembra mais da parte final da carreira do pai e teve acesso a grandes momentos e histórias do lendário piloto somente por meio de vídeos e relatos. Isso bastou para que quisesse ser piloto também. Agora, quer construir a sua história na F-1, incluindo no circuito paulistano, onde o pai tanto reinou.

Interlagos é especial para Michael Schumacher porque o alemão, maior campeão da Fórmula 1 ao lado de Lewis Hamilton, com sete títulos, e até hoje dono de uma série de recordes, foi o piloto que mais venceu no autódromo brasileiro, com quatro vitórias - 1994, 1995, 2001 e 2002. Quis o acaso que a pista fosse palco de não uma, mas duas despedidas do lendário piloto da F-1.

Mick Schumacher se recorda de despedida do pai no Brasil e quer construir a sua história na F-1. Foto: Rudy Carezzevoli/AFP

Primeiro, ele deu adeus à categoria em 2006, na corrida em que valia o título da temporada. O troféu foi para Fernando Alonso e Schumacher cruzou a linha de chegada em quarto. O alemão voltou a correr em 2010 e seu adeus definitivo veio em 2012, quando tinha 43 anos. Na ocasião, foi discreto e terminou em sétimo a prova vencida pelo britânico Jenson Button. Não há informações sobre o estado de saúde atual do ex-piloto alemão, que sofreu um grave acidente de esqui em 2013, uma vez que a família não dá declarações. Mick não fala sobre o assunto.

Schumacher não alcançou apenas glórias em Interlagos. Também se envolveu em controvérias. A mais famosa delas, talvez, foi a discussão com Ayrton Senna, em 1992, quando corria pela Benetton. Na ocasião, os dois colidiram e o alemão ficou enfurecido com o brasileiro.  Em 2012, porém, 20 anos após o episódio, ele resolveu assumir a culpa pelo acidente.

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Mick falou não apenas sobre o que espera em relação ao seu desempenho na pista, mas também a respeito de sua primeira experiência no Brasil. E isso inclui os passeios pela capital paulista. Assim como outros pilotos, ele foi jantar com amigos.

"Fomos jantar ontem à noite com a equipe, fomos a uma churrascaria legal. Definitivamente gostamos", contou o piloto, que disse esperar que a pista seja "divertida de dirigir". "Acho que vou conseguir fazer uma boa corrida neste fim de semana, e vou ter mais experiência aqui". Em Interlagos, ele busca seus primeiros pontos na temporada. No momento, ocupa a 19º colocação na classificação do Mundial de Pilotos.

Além de Mick, três outros pilotos competem pela primeira vez em Interlagos: o russo Nikita Mazepin, companheiro de equipe de Schumacher na Haas, o japonês Yuki Tsunoda, pela AlphaTauri, e o canadense Nicholas Latifi, com a Williams.